Mesmo oito anos depois de seu lançamento original, Diablo III continua sendo um dos melhores jogos da década

Diablo III foi lançado em Maio de 2012 em meio à muitas controvérsias. Um dos exemplos mais notórios foi a Real Money Auction House, uma loja onde você poderia comprar e vender seus itens mágicos com dinheiro de verdade, levando o jogo a algo muito próximo do chamado “pay-to-win“. Quase 18 meses depois, a Blizzard anunciou o fim do sistema de Auction Houses, tanto a Real Money, quanto a Gold (que você só poderia comprar itens com a moeda do jogo). Esse capítulo um tanto quanto complexo da história do jogo viria a se encerrar em Março de 2014.

Um ano depois do seu lançamento, sua primeira expansão foi anunciada e as primeiras versões para console (PS3 e Xbox 360) foram lançadas. Em 2014 o jogo recebeu a edição Ultimate Evil, que trouxe o jogo base e a expansão para a geração atual dos consoles (Xbox One, PS4 e Switch posteriormente). Essa edição de console é marcada por diversas melhorias, tanto na resolução e taxa de quadros, quanto nos controles e usabilidade dos menus. Por último, Diablo III: Eternal Collection traz a expansão junto com o pacote do Necromante, lançado em 2017.

Quando experimentei o jogo no PS4 pela primeira vez notei o quanto esse jogo combinava com os consoles e agora, quase oito anos depois do seu lançamento estou jogando novamente no Switch e só posso afirmar que essa é a experiência definitiva com Diablo III.

Gameplay mais rápido do que nunca

Se você não conheceu Diablo III ou a própria série, vamos lá. O jogo segue uma estrutura de aventura/ação com visão isométrica e muito, muito loot. O excesso de informação é mais característico do terceiro jogo, mas a base de sempre estar trocando de equipamento em busca de alguma propriedade adicional (dano, vida, defesa, mana etc) é um dos pilares que sustenta seu gameplay.

São diferentes classes para você escolher: Bárbaro, Feiticeiro (Witch Doctor), Arcanista (Wizard), Monge e Caçadora de Demônios (Demon Hunter). A expansão trouxe também a classe de Cruzado e em 2017 tivemos a volta de uma das classes favoritas de Diablo II, o Necromante.
Cada uma dessas classes favorece um estilo de jogabilidade diferente: O Bárbaro, o Cruzado e o Monge são mais utilizados com armas corpo-a-corpo e perfeitos para se jogar naquela imensidão de inimigos e sair retalhando todos. Já o Feiticeiro e o Necromante, o melhor a fazer é sempre manter uma distância enquanto a horda de criaturas invocadas faz o trabalho duro por você. Por último, o Arcanista e a Caçadora de Demônios conseguem se distanciar dos inimigos tão rápido que eles não terão tempo de sequer te alcançar. Uma das melhores coisas na série está em você explorar bastante uma classe para depois começar uma nova do zero e ver como cada personagem é diferente do outro.

A história de Diablo III é ótima também. Se você já conhece a série, verá o retorno de figuras famosas como o Arcanjo Tyrael e Deckard Cain, bem como a introdução de novas personagens como Leah e na expansão, o anjo caído Malthael.

Atividades end-game e o Modo Aventura aumentam sua vida útil com o jogo

O que fazer depois de alcançar o nível 70? Você pode começar outro personagem ou entrar de cabeça no modo aventura e nas atividades end-game que o jogo tem a oferecer. Mesmo no nível máximo, você ainda ganhará experiência ao enfrentar os monstros e completar missões, liberando um nível secundário no seu personagem chamado de Paragon. Esses níveis te permitem melhorar algumas características do seu personagem, tornando a progressão quase infinita.

Além disso, você libera novos níveis de dificuldade (adicionados periodicamente a cada temporada e atualmente estamos no Suplício XVI) que aumentam a dificuldade dos monstros e consequentemente a probabilidade de derrubar itens raros, lendários e de set. Tudo isso para que você entre no ciclo de matar monstros, pegar itens para matar mais monstros. Existem outros desafios, chamados de Fendas e Fenda Maiores, que são pequenas dungeons com boas recompensas e uma taxa aumentada de drop de itens lendários, uma outra possibilidade para farmar seus equipamentos.

Minha recomendação aqui é que você encontre uma comunidade ou um grupo de amigos, pois tudo fica mais interessante quando jogado em mais pessoas.

Por último, o modo aventura que foi implementado anos depois do seu lançamento, contempla uma série de pequenas missões adicionais à história e algumas áreas novas também. Esse modo é liberado ao completar o Ato V do jogo, mas na versão de Switch, você pode acessá-lo logo no início da sua jornada.

Um lançamento complicado, mas com boas decisões e um excelente jogo.

Nessa década que passou, muitos jogos tiveram um lançamento um tanto quanto conturbado e Diablo 3 também sofreu por más decisões. A Real Money Auction House causou bastante polêmica, mas a Blizzard agiu para corrigir, logo removendo-a. O jogo foi melhorado infinitamente com o lançamento das versões de console, pois sua jogabilidade foi simplificada e a adição da possibilidade do personagem esquivar rolando mudou drasticamente a maneira de manusear o jogo usando os controles. Só quem jogou a versão de PS1 de Diablo 1 sabe o quão sofrido foi aquela adaptação.

Hoje, 8oito anos depois o jogo ainda está entre as melhores experiências da década. Se você gosta de um jogo de Ação e Aventura com elementos de RPG e muito, muito loot, essa é uma excelente recomendação.

Diablo III: Eternal Collection está disponível para Switch na Loja Nintendo.