Jogos favoritos da 8ª geração de consoles – Por Marcus Freitas

A semana do dia 10 de novembro será lembrada como o marco da nona geração de games com a chegada do Xbox Series X e Series S – o PS5 está programado para o dia 12 de novembro. Ao mesmo tempo que fica a alegria e excitação pela chegada de novos hardwares e de uma nova era, fica um gostinho agridoce de “adeus” a toda uma geração de jogos que serão inesquecíveis para muitos jogadores.

Dando prosseguimento ao especial iniciado pelo Luccas Augusto, segue a minha lista dos melhores jogos da geração em minha humilde opinião. Vale sempre lembrar que esta lista não representa a opinião do Jogazera, mas somente a opinião do autor.

Anterior
Próximo

Bloodborne

Os games da From Software definiram muitas tendências nas duas últimas gerações, mas se eles criaram um jogo redondinho, ele foi Bloodborne.

São tantos momentos únicos, uma história com mais perguntas que respostas, a jogabilidade aperfeiçoada para ritmo frenético, a satisfação de realizar um ataque visceral no último respiro de vida do chefe, mecânicas como o “Insight” combinam com o setting espetacular e, muito provavelmente, uma das melhores obras inspiradas (e que melhor entenderam) em H.P. Lovecraft. E nossa, como é bonito observar os detalhes do mundo, como as paredes com corpos de Yahar’gul e a insanidade dos cômodos do Salão de Pesquisa.

Ok, os Cálices não deram muito certo, mas falar das qualidades de Bloodborne é chover no molhado. Acompanho o redator Jason Schreier no voto e, além de ser o meu favorito dessa geração, também sinto que Bloodborne me arruinou todos games por um longo, longo tempo.

The Last of Us: Part II

A continuação de The Last of Us foi o jogo que mais esperei na atual geração de games, assisti todos os trailers incontáveis vezes sempre na ânsia pela chegada. Bem, quando tive The Last of Us: Parte II em mãos, foram praticamente dois dias imersos até a cena dos créditos – sendo 15h seguidas, pois também achei que o segundo ato não demoraria tanto – e o impacto da história foi bem grande, tanto que levei um bom tempo para digerir a experiência e até me decidir se tinha gostado ou não do jogo devido às escolhas narrativas – e três meses para uma segunda run.

Porém, independentemente de opinião, novamente a Naugthy Dog elevou a barra da qualidade em seu mundo pandêmico e pós-apocalíptico. E sim, analisando com calma, gostei para c… desse jogo.

Hollow Knight

Uma verdadeira pérola, esse jogo poderia ser resumido como a genialidade da simplicidade. É tão engraçado e sensacional, por exemplo, que as vozes dos insetos sejam grunhidos e barulhos. Em uma geração onde não faltaram opções de Metroidvanias, Hollow Knight mescla com excelência todas as qualidades do gênero: exploração, dificuldade, evolução e upgrades das habilidades. E, na moral, como eu gostaria de uma sessão de hipnose para ter novamente a sensação inédita de descobrir as áreas do interminável mapa, cada uma mais linda e cheia de lore que a outra.

The Witcher 3: Wild Hunt

Poucas empresas possuem o crédito da CD Projekt Red – sem considerar os eventos recentes de Cyberpunk 2077, voltemos para 2015 pelo contexto – e muito se deve a jornada de Geralt entre grifos, fantasmas e bruxas. Além de todas as qualidades, o que me faz colocar The Witcher 3: Wild Hunt entre os favoritos da geração é a forma como a história e diálogos são executados, a narrativa é um grande diferencial. Muitas missões não seriam diferentes de um Assassin’s Creed (vai no ponto X matar monstro Y), mas esse tratamento faz com que até as quests mais primárias tenham algo novo.

Sekiro: Shadows Die Twice

Mais um From Software só para não perder o costume, afinal Sekiro: Shadows Die Twice é o ápice do refinamento da jogabilidade do estúdio. A sensação do duelo de espadas, aquele 1×1 bonitaço e peleiado, ainda é imbatível mesmo contra um demônio gigante, o que corrobora a opinião de que Sekiro seja o melhor combate que existe em games. Sem brincadeira, se for ver bem certinho, a sua hitbox deveria estar exposta em um museu do calibre do MOMA.

God of War

Vamos combinar, God of War (2018) foi a melhor reinvenção de um personagem nos games. A jornada de Kratos e Atreus mostrou um lado que poucos imaginariam, o do pai que se preocupa com o filho, mesmo que ele seja o descontrolado espartano dos tempos do PlayStation 2. Com várias mudanças de mecânica e combate (bastante inspirado em Souls, diga-se de passagem), o fato desse recomeço da saga ter “roubado” o GOTY de Red Dead Redemption 2 em 2018 no Video Game Awards foi muito, mas muito justo.

Menção Honrosa: The Legend of Zelda: Breath of the Wild

Uma das maiores dores da minha vida é não ter conseguido jogar The Legend of Zelda: Breath of the Wild no zeitgeist de seu lançamento, muito devido ao fator “sem dinheiro para ter um Switch”. Porém, as 5h que passei com ele em um console emprestado (vamos descontar as horas nos emuladores do WiiU, ok) já foram suficientes para ter um deslumbre do mundo aberto e todo o seu inesperado, além de entender o porquê do jogo ser mais uma das revoluções da Nintendo.