Dragon Age: Inquisition continua impressionante

Dragon Age Inquisition parece ter envelhecido muito bem. Apesar de estar longe de ser um senhor, o título, que carrega uma forte herança de seus predecessores, completa quatro anos no final de 2018 – e tem muito o que comemorar.

Vencedor do melhor jogo do ano em sua época e extremamente elogiado, por diversos portais renomados mundo a fora, o game da BioWare foi, provavelmente, um dos últimos títulos a trazer a essência dos RPGs de mesa para o mundo virtual, de uma forma tão honesta e crua.

Arrume as malas, a Inquisição te aguarda

Na época em que o jogo saiu, com seus dragões e personagens cativantes, este que vos escreve o deixou passar despercebido – bom, na verdade era a famosa situação do “já tenho muitos jogos para jogar, um dia eu pego esse”. “Esse” acabou acumulando prêmios, elogios e, muito provavelmente, até a chegada de The Witcher 3 e Dark Souls 3, Inquisition tenha sido a grande referência de RPG na geração atual – mais tarde teríamos Final Fantasy XV e Persona 5 pra continuar amaciando nossos corações.

Mas os elogios não são pra menos.

Famosa pela sua narrativa bem construída, a franquia Dragon Age sempre bateu na tecla de que as interações dentro do jogo precisam ser orgânicas. Jogando agora, pela primeira vez, eu sinto que eles estão muito certos, neste ponto. A história se desenvolve em torno das relações que você cria com seus aliados – seja odiando todo mundo ou sendo um verdadeiro político boa praça. São poucos os jogos que conseguem, mesmo tanto tempo depois, implementar tal dinâmica de diálogos e consequências dentro do desenvolvimento de suas histórias.

Ainda vale a pena?

Mesmo com gráficos e animações um tanto datadas, o game ainda consegue impressionar. Os cenários são muito bonitos, não perdendo em (quase) nada para títulos mais modernos do gênero. As criaturas tem um design bem próprio e algumas mecânicas de jogo são claramente inspirações para títulos que já jogamos.

Eu, na posição de marinheiro de primeira viagem, sigo jogando e me impressionando a cada cidade, templo, caverna e dragão que cruzo no meu caminho.

Se você, assim como eu, não deu uma chance para este Dragon Age em sua época, tire algumas horas (umas noventa, mais precisamente) e mergulhe um pouco na trama. A Inquisição o aguarda. E você, neste mundo, pode ser qualquer um que queira ser – e esta é a grande motivação.