A Nintendo continua trazendo clássicos do WiiU para o Switch e dessa vez, trouxe Super Mario 3D World. Jogo que marcou por mesclar alguns dos elementos dos jogos 3D do Mario com a jogabilidade tradicional dos jogos mais clássicos da franquia.
Há também um jogo completamente novo chamado de Bowser’s Fury, que brinca ainda mais com essa mistura de conceitos. Entretanto, ele mescla os elementos dos jogos 2D em um jogo 3D com base de “mundo-aberto”. Esse é o primeiro título inteiramente novo desde o incrível Mario Odyssey e traz um otimismo para o futuro da série.
Super Mario 3D World traz uma jogabilidade rápida, perfeita para pequenos momentos
Lançado originalmente para o WiiU em 2013, Super Mario 3D World trouxe alguns elementos tradicionais da série, como as fases pequenas e rápidas e que trabalham em cima de um conceito no level-design. Essa técnica de design, adotada por muitos outros desenvolvedores, consiste em introduzir um conceito, aprimorá-lo, trazer uma reviravolta e por fim, encerrar a fase com o jogador dominando aquele conceito introduzido. Tudo isso é feito de maneira extremamente sutil e criativa e cada fase é diferente da anterior.
A grande novidade está na adição do Super Bell, um sino que transforma o personagem em um gato, aumento bastante sua mobilidade, inclusive verticalmente, dando o poder de escalar paredes e explorar os cenários em um novo nível e assim, descobrir coletáveis. Claramente o jogo foi desenhado para ser melhor aproveitado com a fantasia de gato, mas todas as fases podem ser concluídas com qualquer outro poder.
Ao rejogar um jogo de 2013 em 2021, algumas características podem parecer datadas, sobretudo no controle de câmera. O jogo é feito estruturalmente com uma camera 2D e uma leve rotação e com isso, a sensação de profundidade pode acabar se perdendo. Isso vai resultar em alguns saltos feitos na direção errada e outras mortes acidentais pelo cenário.
Um dos grandes destaques de Mario 3D World é o modo multiplayer, que funciona perfeitamente no local, mas traz suas limitações no modo online. Explorar as fases com dois, três ou quatro personagens traz outro nível de diversão para o jogo. Essa é uma excelente experiência para uma reunião com os amigos (assim que a situação melhorar, tá?).
Bowser’s Fury dá um gostinho e uma esperança para o futuro dos jogos 3D.
A outra experiência que está no pacote é Bowser’s Fury, que mistura os elementos de um Mario 3D em um grande “mundo aberto” (com suas limitações) com características específicas dos Marios 2D, como os diferentes poderes.
Nesse jogo, temos a aliança de dois rivais, Mario e Bowser Jr. O pequeno vilão, depois de atazanar nosso herói em Mario Sunshine, recorre à inusitada ajuda de seu inimigo para salvar seu pai. Uma força estranha tomou conta de Bowser, levando-o a uma grande raiva.
De tempos em tempos, Bowser acorda enfurecido e o mundo se transforma. Uma tempestade e uma imensidão de cinza toma conta do colorido e belo cenário. Para derrotá-lo, Mario deve coletar os Cat Shines espalhados pelo cenário até ativar o Giga Bell, que deixa Mario com poderes suficientes para uma luta frente à frente com o grandalhão. No começo, Bowser retorna para o repouso depois de algum tempo, mas esses períodos se estendem com o andar do jogo, até que os confrontos sejam inevitáveis.
A cada vitória sobre Bowser, uma nova área é liberada e assim, mais Cat Shines ficarão disponíveis para o herói buscar. As novas ilhas trazem novos usos das mecânicas e dos poderes, mas sempre são melhor aproveitadas para o Cat Mario.
Plessie, o carismático dinossauro introduzido em 3D world é o responsável por tornar mais fácil a mobilidade entre as ilhas. O uso do seu companheiro se faz necessário, uma vez que nadar entre um cenário e outro pode tomar tempo demais de sua jornada.
O lançamento de Super Mario 3D All Stars trouxe a possibilidade dos jogadores experimentarem Mario Sunshine e assim, a experiência de Bowser’s Fury acaba ficando mais completa, pois claramente há referências desse clássico dentro do novo jogo.
Conclusão
Bowser’s Fury pode representar um futuro para o próximo Mario 3D e isso me agrada muito. A mistura com os elementos clássicos dos jogos 2D é uma das coisas mais interessantes em Bowser’s Fury. Alternar os poderes e escolher qual será o melhor modo para coletar cada Cat Shine traz uma liberdade nunca antes vista na série. A mudança no cenário que ocorre, dando novas perspectivas e desafios quando o grandalhão entra em fúria também é bastante interessante.
Estamos chegando ao fim das comemorações dos 35 Anos do protagonista mais famoso dos games e esperamos ansiosamente pelas novidades dessa franquia que marcou e ainda marca infâncias de praticamente todas as gerações dos jogos.
Obs: Essa análise foi feita a partir de um código de review gentilmente cedido pela Nintendo.
