Análise: Mortal Kombat 11: Aftermath traz bons conteúdos, mas não justificam o valor da expansão

Mortal Kombat 11 foi lançado dia 23 de Abril de 2019 e trouxe aos fãs de jogos de luta uma das experiências mais completas do gênero com diversos personagens, história cinematográfica e diversas outras coisas que citei em minha análise do jogo. Agora, pouco mais de um ano após seu lançamento, no dia 26 de Maio, a NetherRealm Studios lançou Mortal Kombat 11: Aftermath, uma expansão do título original.

Antes de mais nada preciso deixar uma coisa bem clara. O lançamento da expansão Aftermath trouxe ao jogo quatro novos cenários, balanceamento para todos os personagens, uma nova finalização, os Friendships, para todos os personagens disponíveis no jogo e fatalities de cenários. Isso por si só ajudaria a dar motivos para pagar o valor de Mortal Kombat 11: Aftermath, mas há um porém: esse conteúdo citado é grátis para todos os jogadores de Mortal Kombat 11, sem a necessidade de comprar Aftermath.

Ou seja, Mortal Kombat 11: Aftermath contém uma expansão para o modo história do jogo original e três novos personagens: Fujin, que foi jogável pela última vez há 14 anos atrás em Mortal Kombat Armaggeddon, Sheeva, jogável pela última vez em Mortal Kombat 9, lançado em 2011 e o convidado especial Robocop. Esse conteúdo pelo valor de R$164,90 no PlayStation 4, R$159,90 no Xbox One e Nintendo Switch e R$129,99 no PC via Steam.

Shang Tsung rouba a cena

A história de Aftermath começa exatamente após o fim da história de Mortal Kombat 11 e traz Shang Tsung no papel central da trama. O vilão aparece para explicar aos mocinhos como eles não irão conseguir atingir o objetivo deles sem a ajuda do feiticeiro mais traiçoeiro dos jogos de luta. Para isso, ele, Nightwolf e Fujin devem voltar no tempo para roubar a coroa de Kronika antes dos eventos que aconteceram na história original do jogo. Ela tem tudo para ser clichê, afinal, quem conhece um pouco de Mortal Kombat já sabe o que deve esperar, mas mesmo assim ela consegue surpreender com grandes momentos e cenas de luta coreografadas de encher os olhos.

Shang Tsung rouba a cena em todas as cenas em que aparece e muito disso é graças a atuação de Cary-Hiroyuki Tagawa, ator que fez o papel do feiticeiro no filme clássico dos anos 90. Apesar de Mortal Kombat 11 ter uma das melhores dublagens brasileiras em um jogo até hoje, eu me vi obrigado a jogar o jogo com a dublagem original para poder ver a atuação de Tagawa e não me arrependi nem um pouco.

Sem dar nenhum spoiler muito grande, a história de Aftermath dura aproximadamente 3 horas e traz um foco grande em personagens que não estavam presentes na história principal, como Sindel, Fujin e Nightwolf, e serve até mesmo como uma nova chance para aproveitarem melhor personagens que não foram tão bem construídos durante a história original como Shao Khan e a própria Sheeva.

“Vivo ou morto, você vem comigo”

Como disse anteriormente, Aftermath trouxe para o catálogo do personagens de Mortal Kombat 11 três novas faces: Fujin, Sheeva e Robocop. Cada um desses personagens traz consigo algumas peculiaridades e estilos diferentes de jogo, dando ainda mais variedade para os jogadores do game.

Fujin é estranho, ele precisa de um tempo para você se acostumar com seus ataques e construção de kombos e é necessário pensar um pouco mais fora da caixa para conseguir alcançar todo o potencial do personagem. Eu particularmente não experimentei muito com o personagem para descobrir seu plano de jogo totalmente, mas dos três novos personagens adicionados ao jogo Fujin é o meu favorito.

Sheeva, entretanto, é bem mais simples de se usar. A personagem conta com uma variedade de ataques de agarrões, tornando-a uma ameaça maior quando está próxima de seu oponente, e caso Sheeva esteja longe de seu oponente ela também conta com um projétil relativamente rápido, algo que nem todos os personagens no jogo tem em seus arsenais.

Já Robocop conta com diversas opções para não deixar seu oponente se aproximar. O herói dos filmes dos anos 90 conta com granadas, armas e até lança-chamas em seu arsenal de truques para usar em seus oponentes, assim como um escudo para defender de ataques de curta e longa distância usados contra ele. Dos três personagens de Aftermath, Robocop parece ser o mais forte dos personagens por ter mais opções tanto para combate próximo quanto distante.

Konclusão

Vale a pena comprar Aftermath? Depende. Caso você nunca tenha jogado Mortal Kombat 11 e deseja pegar o pacote completo do jogo com Mortal Kombat 11 + Kombat Pack + Aftermath, eu acredito que valha a pena. Entretanto, se você já tiver o jogo base não acredito que o custo benefício compense, afinal, estamos falando de gastar R$160 nos consoles ou R$130 no PC para três horas de história e três novos personagens.

Aftermath adiciona uma história melhor do que eu esperava ao jogo e os três novos personagens trazem uma boa variedade ao jogo, entretanto, não é nada essencial para quem já tem Mortal Kombat 11 e jogue-o casualmente com os amigos.