Análise: Dungeon of the Endless é uma ótima mistura de roguelike e tower defense

Desenvolvido pelos franceses do Amplitude Studios e lançado originalmente em 2014 para PC, Dungeon of the Endless veio conquistando fãs através dos anos e enfim chegou ao PlayStation 4 e Nintendo Switch no dia 15 de maio de 2020.

Misturando os gêneros roguelike, com suas dungeons criadas aleatoriamente e morte permanente, com o tower defense, onde o jogador precisa proteger a sua base inicial e construir defesas, Dungeon of the Endless se mostra um ótimo game para jogadores experientes, mas acaba afastando os novatos.

Mas vamos por partes…

O bom, o mal e o feio

Controlando os sobreviventes de uma espécie de “nave prisão” que acabou colidindo em um estranho e hostil planeta alienígena, a missão do jogador é atravessar doze andares de uma instalação infestada de criaturas inimigas enquanto protege um cristal que energiza as áreas do local.

Inicialmente você pode posicionar os seus personagens, criar torretas automáticas que atiram em inimigos próximos e se preparar da maneira que achar mais adequado, porém, ao abrir qualquer uma das portas da área, uma nova sala aleatória é revelada e, caso haja inimigos nela, seus personagens entram em um combate automático até a ameaça ser neutralizada. Dungeon of the Endless gira em torno desses dois turnos: primeiro você se prepara e depois abre uma das portas para enfrentar o desconhecido.

Obviamente as coisas são BEM mais complicadas do que parece. Além de explorar a área em busca do elevador para o próximo andar, também é preciso cuidar de recursos como energia e comida que servem para criar novas defesas, curar seus personagens e pesquisar novas unidades de ataque e defesa.

“Muito fácil” pero no mucho

Inicialmente o jogo apresenta duas dificuldades: “Fácil” e “Muito Fácil”. Mas não se engane!

Se você não souber o que está fazendo, será destruído rapidamente mesmo na dificuldade mais fácil. Dungeon of the Endless tem o péssimo hábito de jogar uma enorme quantidade de inimigos em cima do jogador e não apresenta as mecânicas básicas do game, que somado aos controles estranhos da versão de console, pode fazer com que muita gente desista logo nas primeiras tentativas.

Mas basta insistir um pouco e não ter medo de testar as várias opções presentes nos menus do jogo para que você comece a criar suas próprias estratégias, avançando pouco a pouco pelas áreas. Essa sensação de descoberta e o autoaperfeiçoamento de um “novo jogo” para outro faz com que a experiencia geral seja muito proveitosa.

Infelizmente o jogo conta com um fator replay bem baixo e, uma vez finalizado, apenas troféus e conquistas podem incentivá-lo a jogar novamente.

Altos e baixos

Com seu belo e carismático visual em pixel art, Dungeon of the Endless mistura muito bem os gêneros que decide abordar e trás uma jogabilidade divertida que te faz querer tentar mais uma vez. Porém, a falta de tutoriais e a alta dificuldade faz com que seja difícil recomendá-lo para jogadores novatos, enquanto a falta de conteúdo após o fim de jogo pode afastar os jogadores mais experientes após finalizarem o jogo pela primeira vez.

[alert type=white ]Essa análise foi escrita com base na versão de PlayStation 4 do jogo, cedida gentilmente pela distribuidora[/alert]