Análise: Bug Fables The Everlasting Sapling é um excelente RPG aos moldes de Paper Mario

Desenvolvido pela Moonsprout Games e distribuído pela Dangen Entertainment, o carismático Bug Fables: The Everlasting Sapling chegou aos consoles no dia 28 de maio, com versões para PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch, e é um verdadeiro abraço quente nos fãs de RPGs clássicos.

Sem medo de demonstrar a inspiração em Paper Mario, Bug Fables: The Everlasting Sapling é um RPG por turnos extremamente adorável, mas que ao mesmo tempo trás desafios bem complicados até para os jogadores mais experientes no gênero.

Vida de inseto

A trama do jogo é centrada na busca pelo lendário artefato “Everlasting Sapling” que, segundo a lenda, possui misteriosos poderes curativos. Desejando dinheiro, honra e respostas, o trio de protagonistas formado pela abelha Vi, o besouro Kabbu e a mariposa Leif, acabam partindo em uma jornada pelo reino de Bugaria à procura do artefato.

Apesar de simples e previsível na maior parte do tempo, a história se sustenta justamente pela sua simplicidade e pelos personagens carismáticos que aos poucos vão ganhando mais importância na trama. Além disso, o mundo de Bug Fables: The Everlasting Sapling fica mais rico graças aos “Lore Books” (um dos coletáveis do jogo) que narram histórias e acontecimentos anteriores ao início do game.

Pequeno grande mundo

No quesito gameplay, Bug Fables utiliza um sistema de batalhas por turnos onde é possível atacar, usar habilidades, itens, ou então ceder a ação de um dos personagens para outro. Porém os personagem sofrem uma penalidade em seus ataques a cada ação adicional realizada no mesmo turno.

E estamos falando de um jogo inspirado em Paper Mario, certo? Então cada um dos protagonistas tem suas mecânicas de ataque que necessitam da ação do jogador, para atacar com Kabbu é necessário segurar um botão por um tempo determinado, enquanto que Vi necessita que o jogador aperte o botão certo no momento certo.

Contanto que nenhum dos personagem tenham realizado uma ação no turno, também é possível mudar a posição deles na batalha, o que concede ao personagem mais a frente do grupo um bônus no ataque, mas com a desvantagem de receber a maioria dos golpes inimigos. Esse pequena mecânica acaba aumentando as estratégias que o jogador pode ter, uma vez que determinados inimigos são mais suscetíveis a determinados ataques, como inimigos aéreos que são derrubados pelos ataque a longa distância de Vi, ou inimigos subterrâneos que são revelados pelos golpes mágicos de Leif.

Fora das batalhas o mundo de Bugaria é repleto de items escondidos, puzzles para resolver, missões secundárias e alguns chefes secretos que com certeza destruirão os jogadores despreparados. Tudo isso embalado pelo simpático e belo visual que faz tudo parecer ser feito de papel.

Apesar de haver um sistema de experiência, a principal forma do jogador fortalecer seus personagens é através das “Medals”, itens que podem ser equipados no menu do game e garante aos personagens diversas melhorias como resistência a envenenamentos, novas habilidades, ou mais vida por exemplo. Essas medalhas podem ser compradas, ganhadas como recompensa de algumas missões secundárias, ou então encontradas nos cenários, o que incentiva bastante a exploração.

Papel que vale ouro

No fim do dia Bug Fables: The Everlasting Sapling é um excelente jogo que faz muito bem tudo o que se propõe a fazer. Não fosse por algumas partes de plataforma, onde os controles dão uma leve escorregada, ou então algumas missões secundárias sem graça, com certeza o jogo receberia uma nota máxima, mas esses pequenos deslizes não são capazes de apagar o charme do jogo que quase me fez perder o ódio por insetos.

[alert type=white ]Essa análise foi escrita com um código cedido gentilmente pela distribuidora[/alert]