Análise: The Isle of Armor, primeira expansão de Pokémon Sword e Shield, adiciona conteúdo suficiente?

Pokémon Sword & Shield vem trazendo diversas novidades para a série e o anúncio de um passe de expansão no começo do ano foi uma delas. Agora no dia 19 de Junho foi lançado The Isle of Armor, a primeira DLC desse pacote.  Além de novos monstrinhos, uma nova grande área foi adicionada e um pequeno conteúdo de história. Há uma previsão da segunda expansão, The Crown Tundra para o final do ano, onde vários Pokémon lendários retornarão e alguns terão até uma nova forma.

Esse pode ser um primeiro passo da GameFreak junto à Pokémon Company, mas será que é o suficiente para justificar seu valor?

Uma grande nova Wild Area

A expansão traz uma nova área para ser explorada no mesmo formato que a Wild Area do jogo base. Ao iniciar o jogo, você receberá um alerta que uma passagem disponível para a Isle of Armor está disponível na estação de Wedgehurst e você pode acessá-la a qualquer momento, mesmo antes de ter finalizado a história base. Isso pode ser até um incentivo para você que acabou abandonado o jogo, retornar para ele, conferir o novo conteúdo e então, seguir com a história.

Chegando na ilha você é recepcionado pelo seu novo e excêntrico “rival”, que pode variar a depender da versão do game que você está jogando. Logo, você é direcionado para o Dojo e lá a história começa com uma espécie de competição entre os alunos. São tarefas simples como derrotar Slowpokes que estão correndo pelo cenário, coletar itens e visitar alguns lugares e depois de completá-las, você recebe o Pokémon lendário mais bonitinho do jogo, o urso lutador Kubfu.

Com Kubfu ao seu lado, você precisa evoluí-lo e cultivar sua amizade para então, seguir com a história e escolher uma das duas torres disponíveis, na qual enfrentará uma série de desafios para poder então, evoluir seu mais novo amigo para Urshifu.

Apesar da história curta, há muita coisa para explorar na Isle of Armor, com muitos biomas diferentes para você caçar pelos Pokémon das gerações anteriores que foram adicionados ao jogo e apreciar a paisagem. A estrutura do jogo como Wild Area me deixa bastante animado para a próxima expansão ou os próximos jogos da série, uma vez que essa tipo de exploração e liberdade mostra o real potencial de Pokémon na geração do Switch.

Para o jogo se manter em uma dificuldade aceitável, os Pokémon selvagens de Isle of Armor escalam com o nível do seu time, mas com um máximo do Level 60. Os poucos treinadores disponíveis para lutar na expansão também escalam e algumas lutas são um pouco desafiadoras (se você seguir para o conteúdo adicional logo que terminar a história).

Há também uma grande quantidade de Raid Battles, para quem estiver procurando itens para a mais nova Max Soup, o preparo que aumenta as chances do seu monstrinho desbloquear sua forma Gigantamax, candies de experiência e outros itens raros.

Uma das atividades adicionais mais trabalhosas que Isle of Armor traz é procurar por 151 Digletts espalhados pelo mapa e a recompensa são algumas formas de Alola dos Pokémon e provavelmente você vai investir um bom tempo nisso. Confesso, é bastante cansativo, mas vale a pena.

A minha principal crítica à expansão é a falta de um mini mapa. Por diversas vezes, você precisa consultar o mapa para entender onde está na ilha e para onde seguir, mas essa localização é péssima, pois o jogo somente registra seu personagem por região, não mostrando exatamente o ponto que você parou. Isso pode parecer simples, mas um mini mapa faria toda diferença ao se localizar e se locomover entre a vasta nova região, reduzindo drasticamente a quantidade de vezes que você vai parar, observar o que há ao seu redor, abrir o menu e tentar descobrir exatamente onde está.

Resumo

Apesar de uma história curta, a primeira tentativa da série Pokémon de uma expansão pode ser considerada sucedida. A adição de uma nova área para ser explorada, na estrutura da Wild Area do jogo original é bastante interessante e nos deixa esperançosos para o conteúdo de Crown Tundra.
Há também diversas outras pequenas coisas que foram adicionadas, como novas músicas de batalha (excelentes por sinal), a possibilidade de você ter um Pokémon te acompanhando enquanto estiver explorando a ilha, um sistema de melhorias do Dojo (e uma boa maneira de gastar seus Watts) e até um novo rival (por mais superficial que seja) são um passo da GameFreak na direção certa com a franquia.

Infelizmente, só teremos certeza se o preço de metade de um jogo novo (R$ 125,39 na Loja Nintendo) vale a pena depois do lançamento da segunda expansão, mais tarde esse ano, porém apenas analisando a primeira expansão, tudo indica que o saldo final será positivo.

Leia também nossa análise de Pokémon Sword & Shield.

[alert type=white ]Essa análise foi escrita com um código de review gentilmente fornecido pela Nintendo.

Pokémon Sword e Pokémon Shield e suas respectivas expansões estão disponíveis na Loja Nintendo.[/alert]