A Experiência do PSVR – Parte 4: Symphony of the Machine, Statik e GNOG

O PlayStation VR (PSVR) foi lançado no dia 13 de outubro de 2016 e, coincidentemente, eu tinha uma viagem a trabalho planejada para os EUA no dia 25 do mesmo mês. Logo, resolvi que seria um early adopter desse brinquedinho e entraria de cabeça na tal da Realidade Virtual.

Nesse capítulo, tratei um pouco das experiências com três excelentes jogos de Puzzle: Symphony of the Machine, Statik e GNOG.

Symphony of the Machine

Symphony of the Machine, desenvolvido pela Stirfire Studios, é um jogo em que você possui um dispositivo que permite controlar o clima da região através de refletores de luz e painéis que adicionam certas características ao tempo. Cada painel ativa uma condição climática diferente, que são: vento, chuva, sol e nuvens.

Há também um pequeno robô que lhe auxilia, trazendo pequenas plantas e mostrando quais condições são necessárias para faze-la desenvolver. Então, a premissa do jogo é simples: pegue as plantas, regule as condições certas e repita.

A escala de dificuldade sobe rapidamente — a cada planta, você precisará de mais elementos simultaneamente para ela se desenvolver. Assim, o jogo te introduzirá uma série de espelhos e divisores, que permitirão ativar dois, três ou os quatro painéis de uma vez. Desta forma o jogo torna-se extremamente divertido e intuitivo, fazendo-o pensar bastante, experimentar sua hipótese e entender o resultado.

Apesar de não haver comandos específicos de movimento para o personagem, Symphony of the Machine funciona similar à Batman Arkham VR, onde você pode apontar para uma direção e ser “teletransportado” para lá.

Esse jogo é recomendado que você jogue em pé e com bastante espaço à sua volta, pois você precisara movimentar-se bastante ao redor para entender onde os raios estão, onde colocar os divisores e refletores. Por diversas vezes bati o braço nas paredes do meu quarto ou mesmo saí do alcance da câmera, fazendo o controle desaparecer da tela. A noção do espaço com certeza é o maior vilão aqui. 

Após algumas horas de jogo, você irá liberar um modo sandbox, para brincar como quiser, sem as instruções do robô (eu particularmente não vi muito sentido neste modo, pois não me dou bem com tanta liberdade assim).

Statik

Statik, da Tarsier Studios (responsável também por Little Nightmares e Tearaway Unfolded), foi um dos primeiros jogos anunciados para o PSVR. Desde seu primeiro teaser, ainda sem mostrar nada sobre o jogo, fiquei interessado. A premissa é simples: você é uma cobaia, está com as mão presas dentro de uma caixa misteriosa e há um cientista fazendo anotações e comentários sobre cada ação que você toma.

Isso adiciona um fator de estresse e ansiedade para resolver os puzzles da maneira mais rápida possível, deixando o jogo ainda mais interessante.

Desvendar os enigmas da caixa é seu principal objetivo em Statik. Para esse jogo, você utilizará apenas o DualShock 4, sem necessidade dos PS Move Controllers. Cada parte do controle está relacionada a uma das faces da caixa e assim.

As mecânicas lembram bastante Keep Talking and Nobody Explodes, onde você precisa investigar todos os lados da bomba para desarmá-la. A liberdade de mexer a caixa de acordo com os movimentos do DualShock 4, junto com a imersividade do PSVR, fazem de Statik um dos melhores jogos em VR até agora.

GNOG

GNOG, desenvolvido pela KO_OP Studios e publicado pela Double Fine é uma experiência que pode ser jogada com ou sem o PSVR, sem muitas mudanças em sua jogabilidade. Esse jogo é composto de pequenas caixas com diversas coisas para você mexer e descobrir o que faz.

Assim como Symphony of the Machine e Statik, ele é um jogo de tentativa e erro: vá apertando os botões e descubra o que é preciso ser feito.

Aperte, puxe, vire, abra e feche para descobrir como resolver os pequenos quebra-cabeças.

As cores e a arte remetem muito à brinquedos de criança e isso faz de GNOG uma experiência relaxante, tranquila e divertida. Um perfeito jogo para jogar quando você apenas quer se divertir um pouco.

Também existem pequenos segredos para serem descobertos em cada fase, dando a você um motivo para revisitá-las e coletar seus respectivos troféus.

Acredito que os jogos de puzzle estão entre os melhores estilos para fazer uso da tecnologia de realidade virtual. Aguardamos muito os próximos lançamentos.

Deixe seu comentário se você gosta de puzzles e quais jogos gostaria de ver em VR!