Esse mês tem sido de imensas turbulências para os cabeças da Ubisoft. Desde o começo de julho, a empresa vem sendo bombardeada de denúncias sobre seus líderes criativos que incentivavam uma cultura tóxica e sexista dentro da empresa, de acordo com diversas fontes anônimas que reportaram ao jornalista Jason Schreier, do Bloomberg.
Com o codenome “Avalon“, o jogo inspirado pelos contos do Rei Arthur foi a outra vítima de uma série de cancelamentos internos dentro da empresa. Marc Laidlaw, ex-veterano da BioWare que havia entrado na Ubisoft ano passado e inspirava grande confiança na equipe, estava encarregado de dirigir o projeto.
O problema começou quando o outro diretor criativo, Serge Hascoët, cancelou o projeto por simplesmente não gostar da temática. Frustrado após tentar trocar a ambientação e tema do jogo, Laidlaw saiu da Ubisoft no começo desse ano, sem ter participado ativamente em mais nenhum outro jogo da empresa.
Esse era um modus operandi conhecido de Hascoët. O executivo tinha um poder de decisão unânime e poderia cancelar ou aprovar títulos sozinho, sem consultas com o restante da equipe ou outros superiores. Ao falar sobre o projeto, Hascoët ordenou que o jogo deveria ser “melhor que Tolkien”, colocando expectativas surreais na equipe. Vários desenvolvedores comentaram que o projeto estava indo encaminhando bem e foram surpreendidos pelo cancelamento.
Hascoët teria rejeitado vários protótipos que envolvessem fantasia medieval, apenas aprovando jogos que seguiam o mesmo padrão batido que a Ubisoft é reconhecida – crítica cabida inteiramente ao ex-executivo por comandar os vários blockbusters da empresa, como Far Cry e Assassin’s Creed. Hascoët também foi denunciado por má conduta sexual dentro da Ubisoft e deixou o cargo no começo do mês.
—
Via Bloomberg