O que você faria se tivesse todos os recursos naturais do mundo em suas mãos?
Nas últimas décadas, a questão ambiental nunca esteve em tanta evidência como nos dias atuais. Temas como poluição, aquecimento global, modificação genética de alimentos, entre outros, já se tornaram fichinha e aparecem nos livros didáticos da garotada desde muito cedo. Diante de tais questões, não dá outra: com certeza, mais cedo ou mais tarde, você, nobre e engajado leitor, já deve ter se pegado pensando: se me deixassem cuidando de tudo, eu daria um jeito! (quem nunca?)
Se você é um desses apaixonados defensores do meio-ambiente, alegre-se! Pelo menos virtualmente você poderá colocar em prática todas as suas incríveis (e irresponsáveis) ideias para salvar o mundo. Essa é a premissa de Eco, simulador que acaba de ter sua campanha lançada no Kickstarter.
Conheça Ancestors, jogo que promete contar toda a história da humanidade
A proposta de Eco é extremamente simples: todos utilizam o mesmo planeta e devem dividir seus limitados recursos para desenvolver a sociedade e se preparar para impedir catástrofes, que vão desde secas e enchentes a até mesmo asteroides. Assim como na vida real, se você abusar de tais recursos naturais, eles desaparecerão para sempre. Então, pense duas vezes antes de derrubar uma floresta, construir uma fábrica ao lado de um rio ou caçar alguma espécie como se não houvesse amanhã. As consequências virão e não serão nada agradáveis para você e os demais habitantes de seu querido planeta virtual.
Não, você não é Deus e não pode fazer o que der na telha
Ok, tudo muito bonito na teoria, mas sabemos que bem escondido, lá no fundo da alma de qualquer jogador, reside um pequeno troll sedento por destruição e caos. Para evitar que seus coleguinhas mais sádicos venham e destruam de maneira irreparável o seu amado planeta, Eco permite que a comunidade de jogadores vote em leis que determinam o que pode ou não ser feito. Se, por exemplo, for definido que o máximo de árvores que podem ser derrubadas por dia é 10, não adianta nem afiar o machado porque será impossível cortar mais do que isso.
A proposta mais cooperativa já coloca Eco de cara longe de qualquer “God simulator”. Um único jogador, por exemplo, não é capaz de dominar todas as habilidades disponíveis in-game. Você precisará escolher um caminho pelo qual irá seguir e se tornar especialista e, assim como na vida real, terá que negociar sua força de trabalho para conseguir subir de nível (por exemplo, um lenhador pode negociar sua mão de obra e conseguir progredir até abrir sua carpintaria, e assim por diante).
No entanto, apesar de Eco ter sido concebido para ser jogado em uma grande comunidade, também há a opção single-player, no caso de você ser do tipo controlador-compulsivo.
Para facilitar com que todos acompanhem como anda a situação do planeta, dados gerais serão constantemente disponibilizados, para que você não seja pego de surpresa com a extinção de algum animal importante para sua comunidade, como, por exemplo, as vacas (pensa que tristeza um mundo sem essas deusas da Índia?)
Da tela do PC direto para a sala de aula
O protótipo de Eco foi testado com 60 alunos americanos de ensino médio e foi, aparentemente, um grande sucesso. Prova disso é que o governo dos EUA financiou parte do projeto, com o objetivo de utilizá-lo para fins educacionais e de conscientização ambiental em escolas e outros centros de ensino. No entanto, apenas a ajuda governamental não é suficiente, e os desenvolvedores da Strangle Loop ainda precisam levantar 100 mil dólares para fazer com que Eco aconteça.
Interessados tem até o dia 09 de setembro para ajudar a financiar o jogo, que garante uma chave da Steam para todos que colaborarem com pelo menos 20 dólares. Caso a meta seja atingida, a previsão de lançamento é em janeiro de 2017, a princípio exclusivamente para PC.
Gostou da ideia? Quais outros games você acredita que fariam bonito nas salas de aula? Deixe sua opinião nos comentários!
_______
Fonte: Eurogamer
