Há duas semanas acontecia a Electronic Entertainment Expo, a maior feira de jogos eletrônicos do mundo. Os momentos mais esperados pelo público são as conferências, e neste ano tivemos apresentações da Bethesda, Microsoft, Ubisoft, EA, Sony, Nintendo, Square Enix e PC Gamer, esta última foi uma grande surpresa, pois foi a primeira vez que tivemos uma conferência dedicada à comunidade de PC.
Nós, jogadores, queremos novidades, anúncios de jogos que nos surpreendam, gameplays, trailers, teasers. Queremos nos emocionar ao ver o esperado e o inesperado. E, em parte, foi isso que aconteceu. A Microsoft nos surpreendeu com a retrocompatibilidade do Xbox One, a Sony trouxe o tão esperado remake de Final Fantasy VII, a EA mostrou que não está para brincadeira com Star Wars: Battlefront, e a Bethesda dispensa comentários com Fallout 4.
PC Gaming Show: menos teoria e mais prática
Dizem que a primeira impressão é a que fica, e para a PC Gamer esse é um grande problema. Os primeiros momentos do PC Gaming Show foram um tanto quanto complicados, repletos de uma masturbação técnica ao discutir quantos polígonos a nova placa da Radeon é capaz de produzir.
Há dois anos, na E3 2013, a Quantic Dream (empresa responsável por Beyond Two Souls e Heavy Rain) conseguiu abordar o assunto técnico – sobre quantos polígonos seus personagens eram feitos – de uma forma muito mais natural e divertida (com o trailer de um jogo que nunca mais ouvimos falar).
O formato de talk-show é interessante, mas traga convidados para jogarem as demos ao vivo e não discutir e explicar sobre o jogo, queremos mais dinamismo e menos blá blá blá.
Square Enix: um orador melhor, por favor
Apesar das diversas novidades e dos incríveis trailers, a Square Enix pecou, e muito, na seleção dos apresentadores.
Quando vemos alguém falar sobre um jogo, queremos animação, empolgação ou até mesmo uma mudança no tom de fala. Ficar 10 minutos ouvindo um discurso no mesmo tom é um tanto quanto entediante. O Presidente da Square Enix, ao apresentar Final Fantasy Portal App e Project Setsuna (no vídeo abaixo) me fez querer desligar o computador. Acho que, se colocassem o tradutor do Google para ler o texto, teríamos mais empolgação e entenderíamos melhor.
O Nintendo Digital Event, apesar de ter mostrado poucas novidades, foi um show a parte, cheio de piadinhas e referências. Muitas empresas deveriam aprender como melhorar sua conferência apenas assistindo a seus concorrentes.
Esperamos que na próxima E3 tenhamos um PC Gaming Show decente e menos tedioso, e que a conferência da Square Enix traga menos monólogos cansativos. Afinal, a E3 é um show, e ganha aquela empresa que vender melhor o seu produto. Na sua opinião, qual empresa conseguiu vender melhor o seu peixe?