Entre os dias 28 de janeiro e 2 de fevereiro aconteceu a Closed Beta de The Division. A equipe do Jogazera, como boa parte dos jogadores, estava muito ansiosa para colocar as mãos nesse jogo, que promete ser um dos lançamentos mais expressivos de 2016.
The Division será lançado no dia 8 de março de 2016 para PS4, Xbox One e PC. Confira abaixo as impressões de alguns de nossos editores no primeiro artigo colaborativo do site. Ao término da leitura, deixe a sua opinião também.
[divider]Mateus Alexandre[/divider]
Embora as comparações com Destiny sejam inevitáveis, The Division traz uma porção de outras funcionalidades e propostas que podem (se bem executadas no jogo final) fazer o jogo brilhar mais do que o FPS da Bungie.
As Dark Zones (áreas que misturam PvE e PvP) possuem uma transição tão natural de um sistema para outro que há tempos não via num jogo online – algo parecido com DayZ e outros jogos na mesma linha. O risco x recompensa dessas áreas te fazem tomar cuidado ao encontrar outros jogadores e principalmente a não confiar em nenhum estranho; quem estava te ajudando pode facilmente te enfiar a faca nas costas e roubar todo o loot que você havia conseguido. Resta saber se o mesmo ‘sentimento’ vai permanecer quando o jogo lançar, já que vão ter novas áreas e se o netcode terá alguma melhoria – ninguém merece tomar tiro através de parede.
Outro ponto latente na discussão é outra briga que já ficou mastigada demais na indústria – teve o famigerado ”downgrade”? Jogando a versão de PS4, achei sinceramente injusto chamar esse jogo sequer de feio. A ambientação está praticamente a mesma que eu vi nos trailers, incluindo efeitos de fumaça e iluminação. Obviamente existem alguns erros de textura e renderização, mas que sinceramente não me incomodaram. Não sei porque as pessoas estavam esperando o mesmo gráfico do jogo rodando no PC com qualidade máxima naqueles trailers nos consoles.
A minha experiência no geral com esse beta foi agradável, e espero isso em escala maior quando o jogo lançar. O aspecto RPG me conquistou tal quanto a experiência de shooter em terceira pessoa. Estou bem otimista.
[divider]Felipe Spengler[/divider]
Sempre que jogo um beta eu tento ir sem expectativas e avaliar de forma justa definindo o que gostei e o que menos gostei, e com The Division não foi diferente.
Para mim a parte que menos agradou foi a Dark Zone, e espero que na versão final seja melhor explorada. De modo geral passei muito tempo andando de um lado à outro procurando o que fazer. Há pouquíssimo estímulo para efetivamente ir PvP mode pois invariavelmente você vai morrer e perde pontos / gear, então se passa a maior parte do tempo esperando os NPC’s darem re-spawn ou alguém virar rogue – aliás, espero que até o lançamento as regras / formas de virar rogue sejam revistas, atualmente você vira rogue sem querer muito facilmente. Além disso, a experiência na DZ no PC foi arruinada pelos casos de cheat / hack que aconteceram durante todo o beta, algo grave que a Ubisoft / Massive prometeu corrigir até o lançamento – é o que esperamos.
Já o que mais gostei foi o PvE e a jogabilidade (admito que no PC usando um mouse deve ser bem mais fácil mirar). Apesar do beta ter uma única missão principal, achei que foi bem construída, e as side missions foram uma bela sacada para não deixar o jogo tão linear – além de serem bem bacanas, em especial as missões com ECHO. A parte de gears, upgrades e skills especiais que você desbloqueia através do seu Head Quarter são muito bem pensadas, em especial a funcionalidade de mods que você pode aplicar e trocar nas suas armas, dando um grande poder de personalização ao seu gamestyle – e não vejo a hora de estar tudo desbloqueado na versão final.
De forma geral gostei muito do The Division e recomendo, só espero que melhorem bastante a Dark Zone. Ah, e pra fechar, os gráficos no PC são ótimos! Mesmo com um modesto i5 3570k + R9 280x joguei com algumas coisas em Medium e outras em High em 1080p com estáveis 40-60 fps, e mesmo assim a qualidade não se perdeu.
[divider]Luiz Contim[/divider]
The Division não inova pois é um jogo de tiro em terceira pessoa, RPG, e mundo aberto. Já vimos tudo isso em outros jogos. O grande diferencial de The Division é como ele consegue costurar estes três elementos de forma tão natural e bem executada.
Apesar de algumas texturas que demoram a renderizar, The Division possui cenários bem detalhados e repletos de objetos, eventos climáticos belíssimos e efeitos de iluminação que pareciam inconcebíveis nos consoles. Tudo graças a Snow Drop Engine, novo motor gráfico feito exclusivamente para este jogo.
O feel de atirar e manusear as armas em The Division é bom – não como Destiny ou Call of Duty – mas é bem competente, dado que estamos falando de um jogo em terceira pessoa. É notável a diferença de gameplay quando se está com um fuzil, uma shotgun ou uma espingarda. Aliás, o sistema de customização (MOD) de armas, ainda que tivemos apenas uma prévia na beta, é muito vasto e repleto de variáveis.
Mas onde The Division realmente brilha é na forma que ele foi construído, na estrutura das missões, e em como o jogador transita entre as áreas PvE e PvP tão naturalmente. A adrenalina ao chamar um helicóptero para extrair os seus itens na Dark Zone é alucinante. O mesmo acontece quando você está do outro lado, e quer sacanear um jogador, matá-lo e roubar o seu loot.
O seu personagem possui a sua aparência, as suas armas modificadas, os seus equipamentos, as suas habilidades… As possibilidades e combinações são infinitas, criando um sentimento de posse como vimos em poucos RPGs. Esse é o grande charme do jogo. O tempo de vida de The Division pode ser longo, desde que a Ubisoft não cometa os mesmo erros que a Bungie cometeu com Destiny: uma história desprezível e um end-game repetitivo. E que venha março!