Ainda estamos no segundo mês de 2015 e os zumbis já invadiram a indústria dos videogames, a começar por Dying Light e H1Z1, dois títulos expressivos sobre esses mortos-vivos que nós nunca vimos de verdade mas amamos tanto. A ascensão desse tema aconteceu na geração passada, com jogos como Left 4 Dead e Dead Rising recebendo números de vendas expressivos.
Até mesmo fora do mundo dos videogames isso aconteceu: Guerra Mundial Z foi um belo blockbuster nos cinemas, The Walking Dead foi uma das séries mais bem sucedida dos últimos tempos, entre outros.
Mas até que pontos nós vamos continuar gostando de zumbis? Essa temática nunca vai ficar velha? Aqui vão alguns pontos a favor e contra o sucesso dos mortos-vivos nos games.
Eles podem ser o que você quiser
Quando você vai fazer um humano em um jogo (como os humanos de verdade, na nossa época e com a nossa tecnologia), ele não pode ter super-poderes nem nada do tipo. Os zumbis vêm sendo usados como uma famosa desculpa para dar ao jogador um inimigo que pareça um humano, mas que seja mais forte, lhe dando sensação de poder.
Afinal, zumbis podem ser rápidos, lentos, podem dar grandes saltos, terem línguas enormes, uma força absurda… ninguém pode dizer que está errado, justamente porque não existem.
https://www.youtube.com/watch?v=k1nCxyZhhHM
Zumbis não te atacam… até que você ataque eles
Zumbis são interessantes para desenvolvedores de jogos porque permitem um mecanismo que com humanos só poderia acontecer em um jogo com foco na ação furtiva, como Metal Gear Solid e Splinter Cell. Em geral, zumbis estão sempre em bandos que podem ser evitados se você se manter quieto o suficiente. Se alguma coisa der errado e você fizer barulho demais, não tem problema, matar zumbis é divertido.
Como mencionado anteriormente, zumbis podem ser o que você quiser. Por isso, em alguns títulos como Call of Duty, no modo Zombies, os mesmos são colocados como inimigos constantes, sem a possibilidade simplesmente “passar por eles”.
Não há limites para criar novas histórias
Veja, por exemplo, The Last of Us. Tem uma belíssima história envolvendo o fungo que causou toda aquela apocalipse zumbi. É claro que em contrapartida temos alguns jogos que não dão explicação alguma, mas para o mesmo inimigo há uma possibilidade muito vasta para novas histórias de fundo serem criadas. Quem gosta do gênero sabe que cada jogo dá uma explicação diferente para o caos que os zumbis estão causando.
Nota do editor: Classifico os infectados de The Last of Us como zumbis por serem “seres privados de vontade própria e sem personalidade, podendo se tornar altamente agressivos”.
Você pode se importar com um zumbi
Quando há hordas de zumbis, é claro que não há “remorso” algum em matar todos eles com a finalidade de prosseguir até o próximo local, mas de vez em quando, é possível utilizar um zumbi como ferramenta emocional, afinal, um dia eles já foram seres humanos. E se seu familiar ou amigo também é infectado? Será que seria tão fácil simplesmente matá-lo?
A jogada de decidir entre matar ou não alguém que um dia o protagonista amou tanto mas acabou por ser infectado já é um tanto quanto manjada, mas continua uma boa opção para adicionar um tom mais melancólico à obra.
Ser um deles pode ser divertido
Dying Light e Left 4 Dead apresentam a mecânica de jogar como um zumbi de forma muito interessante. Na maioria dos jogos você passa o tempo todo contra eles, e ter os poderes de um zumbi, dependendo do jogo, é uma grande ideia para adicionar uma dose extra diversão ao jogo, especialmente se tratando do modo multijogador, onde essa ferramenta é comumente explorada.
Já virou um clichê
Tudo citado acima é lindo e maravilhoso. Zumbis são flexíveis, divertidos e interessantes, mas até que ponto nós ainda teremos paciência para ver hordas e mais hordas de mortos-vivos na nossa frente?
Essa saturação está presente nos games, onde muitos jogos trazem algum modo “Zombies” de maneira totalmente forçada, e até mesmo em outras mídias: cinema, TV e quadrinhos, por exemplo.
Realmente, (apesar de tudo) os zumbis podem estar perto de sua extinção, mas enquanto este momento não chega, vamos aproveitar o que há de melhor desse universo morto-vivo.
BÔNUS: 7 jogos de zumbis que você precisa jogar:
- Zombies Ate My Neighbors (Konami, 1993)
- Resident Evil (Capcom, 1996)
- House of the Dead 2 (Sega, 1998)
- Dead Rising (Capcom, 2006)
- Left 4 Dead 2 (Valve, 2009)
- Red Dead Redemption: Undead Nightmare (Rockstar Games, 2010)
- The Walking Dead (Telltale Games, 2012)
Menções honrosas são bem-vindas.