Viajamos por ilhas paradisíacas, montanhas do Himalaia, desertos empesteados por malária e tantos outros cenários que a franquia Far Cry nos levou. Dessa vez, é hora de entrar no coração da América do Norte, em Hope County e estragar a graça de qualquer fanático religioso que esteja no caminho.
Embora meu tempo com o jogo tenha sido bem limitado e a área da demo fosse minúscula, pude experienciar o que Far Cry 5 nos reserva — embora não seja um recheado de novidades, temos algumas coisinhas novas para temperar as dezenas de horas que passaremos nesse ubisofóstico mundo aberto.
A mesma e velha fórmula
Talvez minha maior preocupação com Far Cry 5 seja a zona de conforto que a Ubisoft insiste em alguns de seus jogos. Aquela reusada “fórmula pro sucesso” que pode ter dado certo uma hora ou outra no passado, mas a gente já conhece só de bater o olho. Infelizmente para alguns e felizmente para outros, Far Cry ainda corre na mesma veia que os jogos mais recentes da série.
Isso quer dizer: as mesmas mecânicas, o mesmo gunplay, o mesmo game design que marca presença desde o terceiro título da série. Na demo que joguei, apenas um outpost estava disponível para ser liberado, sendo circulado por uma pequena área com paredes invisíveis que te jogavam novamente no centro dela caso você quisesse explorar mais que alguns metros quadrados. Dentro desse perímetro, a liberdade ditava como você eliminava cada inimigo.
O arsenal estava completo: revólver, pistola, rifle automático, submetralhadora, dinamite e até mesmo um taco de baseball. Ao iniciar a jogatina, tentei apelar para minhas habilidades nada precisas de furtividade e fui descoberto em poucos segundos após miseravelmente tentar um takedown em um inimigo dando sopa. Fui forçado partir para a agressão com alguns tiros de fuzil.
Aquele pequeno vilarejo demonstrava o que se espera de uma pacata vida no campo. Pequenas casas, mercadinhos, igreja e nada muito diferente ou que valha a pena se destacar. Os inimigos, adeptos do culto religioso fanático do jogo, estavam armados até os dentes. Mais reforços chegavam em caminhonetes a medida que meu genocídio de um homem só ia se espalhando. A minha sorte é que eu tinha algo mais que umas armas.
Boomer, o companheiro canino e novidade em Far Cry 5, possui algumas habilidades especiais cumpre com a Regulamentação de Cães em Videogames: distrair inimigos, pegar armas para você e fornecer todo o suporte e amor que você possa precisar ao meter bala em quem ousar machucar seu cãozinho. Outros companions (humanos, meh) estarão disponíveis quando o jogo lançar.
Essa pequena e minúscula parcela de Far Cry 5 que pude jogar mostrou que o jogo pode se sair como mais um ótimo capítulo da franquia como também um ctrl+c ctrl+v dos outros jogos da série, o que de fato pode ser bem frustrante. Descobriremos mais quando o jogo lançar em fevereiro do ano que vem para PC, Xbox One e PlayStation 4.