Destiny recebeu no último mês o segundo pacote de conteúdo adicional, House of Wolves. Além da adição de conteúdo, a expansão chega com a responsabilidade de corrigir os problemas que foram introduzidos na primeira expansão, The Dark Below. E, por incrível que pareça, a Bungie acertou o tiro.
House of Wolves introduz novas modalidades de jogo que estimulam a cooperatividade, torna relevante armas e equipamentos antigos, diminui o grinding e a repetição de tarefas exaustivas e adiciona um pouco de história (ainda que ela possa ser concluída em poucas horas).
Calma. A Bungie e a Activision ainda têm um longo caminho a percorrer para fazer de Destiny um jogo excelente (e acredito que isso seja pouco possível nessa altura do campeonato), mas se você tinha abandonado Destiny porque estava decepcionado com o rumo que o jogo estava tomando, eis alguns motivos para voltar a joga-lo.
As novas missões da campanha são competentes
Em uma das primeiras missões somos apresentados a um novo pardal, que é realmente útil e divertido de pilotar. Em outra, revisitamos os cenários da Câmera de Cristal para eliminar oráculos. Mais tarde, precisamos usar elevadores que nos teletransporta para cenários inéditos, onde devemos pular em plataformas que desaparecem. Mecânicas, estas, nunca utilizadas até o momento em missões da campanha.
Não existe mais “ir do ponto A ao ponto B” nem “derrotar hordas de inimigos enquanto seu fantasma hackeia alguma coisa”. Além disso, a história de House of Wolves tem, finalmente, relação com a história principal do jogo.
Alguns dirão que são os mesmos mapas que já conhecíamos, mas agora percorridos de trás para frente. Outros dirão que são os mesmos bosses esponjas de balas de antes. Tudo isso é verdade, mas há de se reconhecer que houve um esforço da Bungie em trazer novas formas de se completar as missões.
As armas novas não exigem grinding, e as antigas são úteis novamente
Uma das maiores frustrações causada com a expansão anterior, The Dark Below, foi resolvida em House of Wolves com a introdução de um material chamado Luz Etérica. Antes, armas e equipamentos antigos ficavam obsoletos, pois não poderiam ser atualizados para os danos dos novos itens, deixando-os em desvantagem competitiva. Agora, os itens antigos e os novos possuem a mesma relevância.
Ao usar a Luz Etérica nas armas e equipamentos lendários antigos, estes itens sofrem upgrade de valores, deixando-os com a mesma importância que as armas e os equipamentos novos. E, no caso de armas e equipamentos exóticos, o upgrade pode ser realizado com o já conhecido Engrama Exótico.
Com essa solução, aparentemente simples, a variedade de armas e equipamentos que podem ser utilizadaos pelos guardiões foi praticamente triplicada. Os saudosistas podem utilizar armas antigas da Vault of Glass, como a Arauto do Destino, e os progressistas podem usar as novas armas do Trials of Osiris, como a Joia de Osíris. Sabe aquela sensação de que todos os guardiões estão usando a mesma arma e a mesma armadura? Isso não existe mais.
Além disso, a quantidade de perks que precisam ser desbloqueados nas novas armas/equipamento foram drasticamente reduzidos. As armas novas já vem com o dano máximo, precisando desbloquear apenas os perks de habilidades passivas. Ou seja, você não vai precisar farmar contratos para conseguir experiência para upar o dano de suas armas (mas isso continua existindo nas armas antigas).
Há novas formas de se divertir que não seja nas Raids
[videojs webm=”https://www.bungie.net/img/theme/destiny/bgs/event/prisonelders/header_video1.webm” loop=”true” controls=”false”]
House of Wolves tornou as Patrulhas úteis novamente. Além dos contratos semanais da Emissária da Rainha que precisamos completar, que são mais tranquilos que os contratos da Eris Morn da primeira DLC, também ocorrem eventos aleatórios com maior frequência nos mapas, diminuindo a previsibilidade dessa modalidade de jogo.
Prison of Elders é desafiador, mas convenhamos que o estresse que os jogadores passam para derrotar Skollas, na prisão de nível 35, não é bem recompensado com as armas ~fracas~ que dropam no baú da rainha. A maior motivação, aqui, é completar os contratos de armas exóticas do Variks.
Mas não há como negar que o grande destaque de House of Wolves é o modo Trials of Osiris. São partidas onde encontramos jogadores que são bons, de fato, resgatando aquela sensação de adrenalina e suor frio. É necessário trabalho em equipe e estratégia para usar o cenário em seu favor. E o melhor de tudo: as recompensas são ótimas.
Ainda que na primeira semana muitos jogadores apelavam para o “esquema” – desconectando da partida durante a tela de loading -, é normal encontrar jogadores que gostam de avacalhar a competição em jogos online. Em Destiny isso não seria diferente. Ainda bem que a Bungie corrigiu o glitch. (E, por favor, não estimulem isso).
Porém devemos permanecer vigilantes
Destiny parece estar entrando nos eixos, mas nenhuma oportunidade de gerar lucro passará em vão pela Activision. The Taken King, a próxima expansão do jogo, será paga – e bem paga (40 dólares, para ser mais exato) – prometendo adicionar muito conteúdo ao universo do jogo. Ou seja, a chance de todo esse progresso ter sido em vão é grande.
Somadas a isso, temos as recentes ações de marketing, desastrosas, da Activision, que estão desagradando a comunidade do jogo. Também pudera, a comunidade de Destiny é muito chata (se há um limite para o mimimi, ele já foi ultrapassado). Mas isso já é assunto para outro artigo…
Leia também:
The Taken King inclui novas subclasses, Raid e mais; chega em Setembro
Conteúdo de Destiny exclusivo para consumidores de Red Bull rende piadas na internet
Ainda assim, permaneço esperançoso. Destiny é extremamente divertido de jogar com os amigos, e a expansão House of Wolves conseguiu me fazer voltar a joga-lo, mesmo sendo lançada no mesmo dia que The Witcher 3: Wild Hunt. E você, voltou ao Destiny ou abandonou de vez?
Entre no clã do Jogazera e faça uma Incursão ou Assalto conosco.