O PlayStation VR (PSVR) foi lançado no dia 13 de outubro de 2016 e, coincidentemente, eu tinha uma viagem a trabalho planejada para os EUA no dia 25 do mesmo mês. Logo, resolvi que seria um early adopter desse brinquedinho e entraria de cabeça na tal da Realidade Virtual.
Nesse capítulo, trarei um pouco das experiências com The Solus Project, um jogo de exploração no espaço com uma campanha longa e interessante.
The Solus Project
Originalmente lançado para PC em 2016 e agora em Setembro de 2017, o jogo chegou ao PlayStation VR. Trata-se de um jogo que mistura exploração e sobrevivência. A humanidade está em busca de um novo lar, pois um asteróide se chocou com a Terra.
O gameplay é simples e consiste basicamente em explorar o planeta nos mais diversos ambientes como cavernas, planícies e praias, descobrindo segredos de uma antiga civilização alienígena. Há também um sistema de criação de ítens que ajudarão em sua sobrevivência, mas ao decorrer do jogo isso torna-se cada vez menos importante para a evolução da história. A parte de sobrevivência se dá pela necessidade do jogador de buscar água, alimento e abrigo, junto com o gerenciamento de inventário, pois seu espaço é limitado, podendo ser melhorado durante o jogo.
Para os jogadores mais interessados apenas em explorar o planeta e descobrir a história, sem preocupações de sobrevivência, existem opções no menu para reduzir a dificuldade, deixando o personagem livre de qualquer necessidade de comida, água, calor ou sono.
Ambientação claustrofóbica
As cavernas em The Solus Project são estreitas, escuras e dignas de um survival horror da geração atual e o elemento de realidade virtual apenas contribui para essa imersão. Apesar de não existir nenhum combate no jogo, há barulhos, sombras e armadilhas capazes de assustar qualquer um que jogue. Descobrir os segredos da civilização alienígena pode ser um pouco mais assustador do que estou descrevendo aqui, mas só jogando para saber. A ambientação com certeza é uma das características mais fortes aqui.
Controles um tanto difíceis
Infelizmente o jogo suporta apenas os controles do PS Move e isso levará um tempo até você se acostumar (apesar da versão não VR do jogo ser suportada com o controle convencional). O lado esquerdo controla apenas as interações para pegar e investigar objetos e o lado direito trará seu monitor de vida. Há a possibilidade de pequenos teletransportes, reduzindo bastante as náuseas e enjoos se você for sensível a isso. Virar também é um pouco complicado aqui, pois não há aquela opção de uma rotação rápida de aproximadamente 15 graus, como em Windlands ou Robinson The Journey.
Por um modesto preço de US$ 20,00, o jogo apresenta uma experiência muito mais longa que a maioria dos outros jogos disponíveis no momento. The Solus Project mostra que o PSVR pode ser ambicioso e grandioso, mas precisa apenas de alguns pequenos ajustes.