No momento em que escrevo este texto, faltam cerca de dez semanas para o lançamento de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Sim, estou empolgado o suficiente a ponto de conferir — sempre que posso — quanto tempo falta para o lançamento do game.
Nascida da mente de Hideo Kojima, a franquia Metal Gear (e Metal Gear Solid) teve uma estadia de longo prazo entre os jogadores, mas agora está em seus últimos suspiros, e é por isso que Kojima está fazendo tanta questão de que The Phantom Pain — o último game da série — seja tão memorável e especial.
O demônio que (não) conhecemos
O game contará uma das partes mais interessantes da saga de MGS: a vilanização de Big Boss (ou Snake, Punished Snake, Venom Snake, o que você preferir). Após acordar de um coma de 9 anos, o personagem passa a sofrer de alucinações e está sedento por vingança — tal desejo que provavelmente o levará a tornar-se aos poucos o antagonista que tivemos que enfrentar nos games clássicos da série.
Os trailers mostraram que o enredo será tão brutal quanto a transformação do protagonista: já vimos corpos carbonizados, crianças treinadas para serem soldados, Big Boss encharcado de sangue em diversas cenas e muito mais.
Além do mais, cada trailer nos leva a diversas teorias e suposições, como a possibilidade da fundação da FOX HOUND, uma vez que alguns de seus integrantes estão presentes no game; especulações sobre Skull Face ser uma manifestação da mente de Snake e diversas outras bizarrices que só a internet nos propõe.
https://www.youtube.com/watch?v=GJVxPAiB7as
Administrando sua base
Assim como em Metal Gear Solid: Peace Walker, teremos de administrar nossa própria base de operações, chamada de Mother Base. Funcionando como a área “central” do jogo (algo como a Torre, em Destiny), é lá que você fará suas preparações antes de viajar ao extenso deserto do Afeganistão – uma das regiões do game.
Não só isso: em jogo, você poderá capturar soldados inimigos para que eles façam parte de sua base. O que eles farão lá? O que você decidir — há espaço para a área de combate, medicina, cozinha, desenvolvimento e inteligência. Quanto mais soldados estiverem alocados a uma determinada área, melhor vai ser o nível dela, lembrando que o desenvolvimento de cada setor afetará diretamente o gameplay. Um setor de inteligência com alto nível, por exemplo, será capaz de informar quais tipos de armamentos os inimigos de um determinado local estão carregando, antes mesmo de iniciar a missão.
Esse é só um dos casos em que a Mother Base é importante. Podemos também adquirir documentos de equipamentos, para que o seu pessoal desenvolva uma arma ou dispositivo que lhe ajudará ao longo da jornada, ou enviar seus soldados em missões, enfim. Se você estiver a fim, há muito tempo a ser gasto com a Mother Base. Isso porque ela nem é o principal do jogo, hein?
Mundo aberto com a essência de MGS
Lá na E3 de 2013, quando foi revelado que The Phantom Pain seguiria o gênero de mundo aberto, muitos ficaram com um pé atrás (eu incluso). Entretanto, gameplays que foram exibidos mais tarde demonstraram como a fórmula ressoou bem com as mecânicas de Metal Gear.
Após viajar de sua Mother Base até o território aberto, a experiência open world tem início: os cenários gigantescos são cheios de bases – e missões a serem realizadas — e dão liberdade para que infiltre-se no território inimigo da maneira que preferir e cumprir as tarefas como quiser. Você poderá adentrar a base pegando carona na carroceria de um caminhão inimigo em movimento, ou usando métodos tradicionais, como a caixa e a pistola de tranquilizante, ou até mesmo dar uma de Rambo e pedir suporte aéreo, para destroçar os inimigos com um helicóptero equipado com uma gatling gun. As possibilidades são inúmeras e tudo depende da sua disponibilidade de recursos e criatividade — se você jogou Ground Zeroes, já deve estar familiarizado com isso.
Ao encerrar uma missão, é possível tanto retornar à base, quanto continuar na execução de mais missões principais ou sidequests. De acordo com os previews, estas são bem integradas à história — nada de sidequest no estilão Ubisoft — e não parecem tão “forçadas”, sendo assim tão satisfatórias de completar quanto as missões. Além disso, todas aproveitam da mesma filosofia de liberdade adotada pelo resto do jogo.
Amigo estou aqui
O Buddy System é uma das grandes novidades do game, e não é nada mais que um sistema de “parceiros” que podem acompanhar Big Boss durante as missões. Eles são quatro: D-Horse, D-Walker, D-Dog e Quiet, mas não é possível levar mais de um às missões.
Os parceiros têm diversos propósitos: aumentar a sua mobilidade, distrair, ajudar a eliminar inimigos silenciosamente e mais uma grande variedade de vantagens. Quanto mais os utilizar, maior será a sua afinidade com eles, o que permite o uso de novas táticas e estratégias em campo.
Outras informações
Metal Gear Solid V: The Phantom Pain chega às lojas no dia 1º de setembro para PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One. A versão de PC chegará com duas semanas de atraso, no dia 15 de setembro. Os consoles da nova geração terão uma edição de colecionador, que oferece o game acompanhado de um steelbook, mapa, making of, uma réplica do braço mecânico de Big Boss e alguns bônus dentro do jogo. Além disso, um PS4 tematizado do game será lançado no Japão e Europa. O console traz as cores vermelha escura e dourada e o Dualshock tem um tom de cinza metálico; ambos ostentando o logotipo da Diamond Dogs — o novo esquadrão de Big Boss, que possivelmente dará origem à Outer Heaven.
O lançamento virá acompanhado de Metal Gear Online — o modo multiplayer que fez tanto sucesso em MGS 3 e 4 — e promete ser tão bom quanto as outras edições.