Death Stranding foi cercado por hype (e muitas dúvidas) desde sua revelação, com trailers enigmáticos e uma temática fora do comum. Além de contar com atores de Hollywood (como Norman Reedus, Léa Seydoux e Mads Mikkelsen), o conceito por trás de Death Stranding parecia um cubo mágico difícil de ser resolvido – algo que era alimentado pelo próprio Kojima ao instigar especulações e teorias aos montes dos fãs sedentos de mais informações sobre o jogo.
Novembro de 2019 chegou e com ele, finalmente, o lançamento do aguardado jogo. Elogiado por vários e criticado por outros tantos, Death Stranding é uma obra com conceitos interessantes permeando um gameplay que não vai agradar a todos. É lento, metódico e com pouca ênfase em combate (apesar de conter algumas similaridades com jogos anteriores de Kojima) que passa toda sua mensagem através de longas cutscenes e muita exploração dos lindíssimos cenários. Se você espera por um jogo aos moldes de Metal Gear, sinto-lhe dizer que não é assim que a coisa funciona.
Se você ainda não jogou e se interessa (e tem um computador para jogar), saiba que a versão de PC de Death Stranding é, sem dúvidas, o melhor jeito de aproveitar o game. Mesmo com uma performance estável e gráficos estelares no PS4, apenas o fato de poder se jogar a mais de 60 fps no PC já é motivo o bastante para ir nessa versão. Rejogando o game no computador e aproveitando todas as melhorias ao máximo a experiência é outra.
O jogo conta com um arraiá de configurações e ajustes que até mesmo máquinas mais fracas vão dar conta do recado. Estrelando a Decima Engine nos PCs, Death Stranding é um ótimo showcase do que esse motor gráfico pode fazer sem estar confinado no console da Sony. Minha RTX 2060 Super pôde rodar com folga, mesmo com os gráficos no talo. O resultado é show visual com modelos ultra detalhados e paisagens dignas do modo fotografia completo que o game possui agora.
Outra novidade que está presente é o DLSS 2.0 da Nvidia – em poucas palavras, um recurso das placas RTX que usa inteligência artificial para aumentar a resolução da imagem sem perder performance. Alguns testes mostram que qualquer placa RTX (mesmo as 2060 mais de entrada) são capazes de rodar Death Stranding em 4K e 60 fps. Essa nova versão do DLSS traz melhorias substanciais em questão de qualidade de imagem e com ganhos ainda mais significativos de performance.
Os controles também foram otimizados e bem adaptados para teclado e mouse – todo menu é facilmente acessível e torna uma experiência ligeiramente mais agradável de se manusear com mouse do que ficar sambando com o d-pad do controle em uma UI que não é lá muito intuitiva. A movimentação e gameplay também foram bem transpostas e mesmo que não seja possível controlar perfeitamente as nuances dos movimentos de Sam (o protagonista) com o teclado, o game é completamente jogável para quem quiser se aventurar com teclado e mouse.
No fim, temos aqui uma ótima portabilidade feita com carinho e cuidado pelos próprios desenvolvedores do game. Os controles funcionam bem, a performance é ótima e os recursos presentes no PC não deixam em nada a dever de sua versão do console.
Se você tem interesse e será a primeira vez com o game, recomendo ir com a versão de PC sem nem pensar duas vezes. Houve uma colaboração bem legal também entre a Kojima Productions e a Valve, sendo possível usar vários itens do mundo de Half Life, além de contar com algumas missões extras. Você confere aqui nossa análise completa do jogo e sobre o que achamos dessa nova jornada de Hideo Kojima.
Death Stranding para PC será lançado no dia 14 de julho.