A série Burnout sempre foi conhecida por elevar o gênero arcade de corridas aos extremos, te dando objetivos de quebrar outros carros e fazer manobras, enquanto acelera o máximo que puder. Burnout Paradise foi lançado em 2008 e trouxe uma estrutura de mundo aberto para a série, dando uma liberdade para o jogador que (na época do seu lançamento) era bastante incomum no gênero.
A versão remasterizada do jogo trouxe os gráficos um pouquinho mais perto da nova geração (nos limites de ser um remaster, é claro) e encontrou um lugar excelente no Switch em Junho de 2020.
Um mundo aberto que trouxe grandes novidades para a série
Dirigir em Burnout Paradise traz a sensação gostosa de atravessar Paradise City em alta velocidade, seja fazendo as corridas e progredindo no jogo ou mesmo passeando sem motivo pelo mapa.
Um dos pontos mais interessantes do jogo é que os eventos são totalmente livres: você precisa chegar de um ponto a outro no mapa em algumas corridas e não há restrições, pontos na pista ou mesmo placas, indicando o caminho que você deve seguir. Você pode tentar cortar caminho por um atalho, ou mesmo atravessar a pista expressa, tudo isso para evitar algum trecho ou adicionar algum desafio a mais na sua corrida.
Além disso, outros clássicos da estrutura de mundo aberto de outros gêneros, como coletáveis e segredos marcam presença aqui. São pequenas coisas que variam entre quebrar portões para revelar atalhos e atravessar outdoors escondidos além de alguns desafios de saltos bem interessantes (ou até irritantes, se você for descoordenado como eu).
Começar os eventos também é simples, basta parar em algum cruzamento e pronto, você já será colocado para correr contra adversários, tempo ou mesmo destruir o máximo de oponentes em um trecho específico. São mais de 100 eventos diferentes que você tem para correr. A versão Remaster do jogo também traz o conteudo da DLC Big Surf Island, bem como todos os veículos presentes nela.
A portabilidade do Switch é uma boa adição ao jogo e a praticidade de você pegar o console, jogar uma ou duas corridas e parar de jogar funciona bem com a estrutura geral do jogo. O grande problema aqui pode ser o preço de entrada, pois enquanto você pode achar o jogo na Steam por R$ 59,00 a possibilidade de jogar fora da TV (no conforto de onde você estiver) no Switch está com o preço de R$ 199,00 na Loja Nintendo.
Diferente do esperado quando um jogo é anunciado com um port para o Switch, a performance não deixa a desejar em momento algum. Eu não notei nenhuma queda na taxa de quadros ou problemas de lentidão, mesmo no modo portátil.
A trilha sonora também faz jus ao ritmo frenético do jogo e se você não a conhece, pode ouví-la no Spotify e entender um pouco mais de como ela se encaixa perfeitamente nas corridas.
Burnout Paradise Remastered envelheceu muito bem. Mesmo depois de 12 anos do lançamento original, os elementos de física nas batidas e os trechos em câmera lenta deixam tudo muito satisfatório de assistir. Mesmo na geração atual, os gráficos não deixam a desejar em qualidade.
A jogabilidade e a liberdade do mundo aberto funcionam bem e você dita o ritmo que quer jogar. A variedade de veículos, cada um com seu estilo diferente de direção, que vão desde carros, motos e alguns veículos mais pesados também contribui para que ele não se torne cansativo.