Quando começaram as especulações sobre o próximo Battlefield ser ambientado durante a Primeira Guerra Mundial, muitos gamers se animaram e muitos, inclusive os mesmos que ficaram contentes com a possibilidade, ficaram com a pulga atrás da orelha quanto à forma que os combates multiplayer se desdobrariam, pois a fórmula de Battlefield é dinâmica, veloz e surgiram as duvidas sobre como aplicar isto a um confronto que historicamente foi truncado nas trincheiras.
Vimos nos primeiros gameplays que a questão da velocidade de combate foi resolvida por meio de adaptações às armas e ao design da ambientação. No único mapa exposto até agora, há uma pequena área com trincheiras e lama, mas logo a partir dela há outra área de campo aberto e com algumas construções que são justamente os pontos a serem controlados.
A própria missão de controle de objetivos já movimentaria as tropas, lançando-as em combates frenéticos, mas sem dúvidas, o ambiente colabora muito. Outro fator importante são os já velhos de guerra: veículos.
Entre os veículos estão caminhões, tanques leves, tanques pesados, aviões de caça, bombardeiros e zepelins. Os temidos zepelins permitem ao jogador ter uma ampla visão do combate e ainda podem ser usados para bombardeios. Entretanto, são frágeis ao fogo de aeronaves, e é por isso que uma boa escolta aérea deve ser mantida — ou seja, mais ação no ar do que nunca.
Os veículos influenciarão muito mais no combate, pois a ligação entre soldados, carros e aviões nunca foi tão próxima e frágil, devido à tecnologia arcaica da época em relação a nós (mas avançada para aquele momento).
Deixando isso tudo claro — estas soluções para a tediosa e lamacenta guerra —, é hora de citar algumas inovações e melhorias no gameplay que já estavam na hora de acontecer e, devido ao contexto histórico, é mais do que justificável a chegada delas.
Intensidade de combate
Seria mentira se eu dissesse que os combates dos Battlefield atuais não são frenéticos e alucinantes, mas isso não significa que são verdadeiramente intensos, principalmente em partidas casuais.
Estamos em um momento da história onde ocorre a transição da guerra frente a frente, com mosquetes e míseras granadas, para um conflito com metralhadoras, aviões e rifles potentes. A sensação de vulnerabilidade durante os combatentes nunca foi tamanha, pois tudo o que foi utilizado neste momento era posto a teste em ação direta.
Capacetes, coletes (praticamente inexistentes) e máscaras de gás frágeis e nada anatômicas; Construções fragilizadas como as trincheiras; aviões sem sistemas de navegação aérea, praticamente feitos de madeira. Isso tudo, em meio a fogo intenso e pesado, causará o verdadeiro caos no campo de batalha.
Ainda podemos citar as baionetas, machadinhas, porretes e outras armas de ataque corporal que estarão em nossas mãos para serem usadas em momentos “íntimos” com o inimigo. Os combates corpo a corpo eram frequentes e as melhorias de animação para este tipo de ataque são um tempero para a carnificina.
Destrutividade
Este é o primeiro jogo da saga exclusivamente preparado para a nova geração, então as capacidades das máquinas atuais permitirão que o ambiente e os veículos contenham mais detalhes para permitir um volume ainda maior de destrutividade. Isso influenciará diretamente o combate, obviamente, pois altera campos de visão, estratégias e até mesmo o caminho para os objetivos, “problema” citado também no item a seguir.
Climatização dinâmica
Além da destrutividade, também contaremos com um sistema de clima dinâmico. Podemos pensar em Battlefield 4 com seu Levolution, mas em Battlefield 1 isso será levado além, pois as mudanças no tempo não acontecerão em um momento definido, mas sim a todo e qualquer momento.
Uma chuva forte atrapalhará a visão dos pilotos de aviões e zepelins; soldados em solo terão a mobilidade pelo mapa dificultada devido a trincheiras inundadas. Ou seja, Levolutions diversos acontecerão de forma totalmente independente das ações dos jogadores.
Respawn
Em essência, a maneira como serão feitos os respawns não será alterada, mas a “estética” desse momento foi muito bem redesenhada. Após a morte, o jogador é levado sem cortes para o céu — é até poético de se pensar. De lá, ele terá a visão em tempo real da batalha e decidirá onde quer renascer. Os pontos de respawn serão mantidos na fórmula; como de costume, o soldado pode surgir com seu pelotão ou nas áreas dominadas pela equipe.
Animações de entrada, saída e troca de lugares nos veículos
Esta é a inovação que mais me agradou e pela qual mais ansiava ver em um jogo da saga. Nos antigos jogos da série o soldado simplesmente se teletransportava para entrar, sair ou trocar de lugar em um veículo. Isso causava cenas hilárias, como a do vídeo abaixo, e nunca foi motivo de reclamação, mas para uma guerra onde os veículos são praticamente todos abertos, foi preciso repensar nisso. E claro: é esteticamente muito mais agradável.
A ausência de cenas como as seguintes tornarão o simulador de guerra ainda mais fiel e com menos momentos absurdos:
Ao movimentar-se em um veículo, o jogador terá muito mais imersão no combate. Os efeitos visuais serão muito mais bem aproveitados e ainda poderá ser, para seu azar, abatido enquanto troca de lugar em um avião, por exemplo. É justamente mais um elemento para a melhoria da intensidade de combate.
Tema
Todas as coisas aqui citadas não seriam tão bem justificadas em uma temática diferente. As inovações e melhorias se encaixam perfeitamente a este crítico momento de nossa história. A tecnologia atual poderá ser utilizada para revivermos um tempo arcaico, tenso e frágil tanto em questões de tecnologia quanto políticas.
Dentro deste item que destaco, tenho que citar a questão das nacionalidades, pois é de praxe que nos filmes e jogos o herói americano ou o vilão alemão sejam amplamente citados e pronto. Este conflito foi marcado também pelo desespero dos impérios europeus por juntar forças numerosas e assim apelarem para o alistamento de colonos, como por exemplo os indianos, que eram submetidos aos britânicos, e é muito interessante que essas minorias também sejam representadas no jogo.
Battlefield 1 também será o primeiro jogo triple A ( jogo com alto nível investimento) a se passar na Primeira Guerra Mundial. É, mais uma vez, a série abrindo caminho e revolucionando as apostas no mundo dos games, assim como fez em Battlefield 1942.
Você pode conferir isso tudo assistindo ao lindo gameplay a seguir.
Estas são as inovações e melhorias que sabemos por enquanto. Até seu lançamento poderemos ter muitas surpresas. A data oficial da chegada de Battlefield 1 ao PlayStation 4, Xbox One e PC está marcada para 21 de outubro de 2016.
[divider]Ficou perdido na linha do tempo de Battlefield?[/divider]
Confira abaixo os jogos da saga Battlefield organizados em ordem de lançamento.
Battlefield 1942 – 2002
Battlefield Vietnam – 2004
Battlefield 2 – 2005
Battlefield 2142 – 2006
Battlefield Bad Company – 2008
Battefield Heroes (Free to Play) – 2009
Battlefield 1943 – 2009
Battlefield Bad Company 2 – 2010
Battlefield Play4Free (Free to Play) – 2011
Battlefield 3 – 2011
Battlefield 4 – 2013
Battlefield Hardline – 2015
Battlefield 1 – 2016
O primeiro jogo da saga foi denominado Battlefield 1942 por se passar durante a Segunda Guerra Mundial. Devido ao próximo lançamento se passar na Primeira Guerra, seu título foi determinado como Battlefield 1, pois marca o evento, faz jus à ordem temporal e também representa a renovação da série.