Análise – Luigi’s Mansion 3
Não é novidade que o Mario Ver…, digo, Luigi, sempre esteve a par da sociedade. O personagem passou um bom tempo sendo deixado de lado nos seus jogos e vendo seu irmão triunfar, até finalmente ter o seu momento em 2001, com o lançamento de Luigi’s Mansion para Game Cube. O medroso irmão precisava explorar uma mansão mal-assombrada e, ao melhor estilo caça-fantasmas, capturar todos os espíritos que vagavam por ali. O segundo jogo teve lar no 3DS em 2013 e, agora, no Halloween de 2019, Luigi’s Mansion 3 foi lançado exclusivamente para Switch.
Luigi’s Mansion 3 já começa com uma charme incrível em sua cena inicial. Um pequeno Toad dirige seu ônibus para levar Mario, Luigi, Peach e os demais Toads para uma temporada no fabuloso hotel de Helen Gravely. Há algo de estranho no hotel, porém; os funcionários não parecem nada normais, mas até aí tudo bem.
No meio da noite, Luigi acorda e tudo está ainda mais diferente e só então ele descobre que o Hotel não passa de uma armadilha para capturar todos os seus amigos. Cabe ao personagem, com toda sua coragem – ou não -, enfrentar os fantasmas com seu Poltergust G00.
O ciclo de gameplay envolve assustar os fantasmas com sua lanterna e sugá-los com seu aspirador de pó ultra tecnológico, desenvolvido pelo professor E. Gadd (que, se você não desligar as dicas, vai ficar te falando o que fazer sempre que você ficar parado). O jogo vai te levar para vários andares do hotel mal-assombrado e cada um deles possui um tema diferente. Desde uma sequência de quartos, como qualquer hotel, um andar cheio de plantas e vegetação, um museu e até um set de cinema, que, na minha opinião, é um dos melhores andares.
Cada andar introduz algumas mecânicas novas, que serão usadas e combinadas para resolver os quebra-cabeças ali presentes e, algumas vezes, também serão necessárias para derrotar os chefões. Cada chefão tem seu carisma único e eles representam alguns dos melhores momentos do jogo. A principal nova mecânica que Luigi’s Mansion 3 apresenta é a capacidade de você invocar seu clone, feito somente do chamado Goo. Gooigi é frágil, mas pelo seu corpo composto basicamente de geleia, você pode atravessar espinhos, barras e canos para explorar e resolver os quebra-cabeças, com o seu principal inimigo sendo a água.
Você também pode jogar com dois jogadores, onde um deles controla seu clone mais verde no modo história. Há também outros dois modos de jogo para mais pessoas e um deles coloca até 4 jogadores para competir, capturando fantasmas e resolvendo quebra-cabeças em diferentes salas do hotel, com um chefão ao final.
Entre sustos, ratos, aranhas, morcegos e fantasmas, há sempre algo a ser explorado ou descoberto. Cheio de segredos, alguns que só podem ser materializados com sua lanterna especial, o título te incentiva a explorar mesmo sem oferecer alguma recompensa extra, apenas pela satisfação de aproveitar um pouquinho mais do jogo. Há física em praticamente todos os objetos do cenário e você pode interagir com quase tudo. É possível abrir gavetas, torneiras, empurrar ou sugar itens variados e descobrir muito, mas muito dinheiro acumulado espalhado na mansão. Esse dinheiro pode ser gasto com algumas coisinhas com o professor, mas, no final do dia, não tem muito propósito em si.
Há também outros dois tipos de segredos: gemas que estão escondidas e vão requerer que você pense fora da caixa para conseguir resolver alguns dos melhores puzzles do jogo. São 6 gemas escondidas por andar e você provavelmente vai precisar visitá-los novamente depois que enfrentar o chefão para buscar o que esqueceu. O professor E. Gadd também vai te avisar que existem Boos escondidos nos andares, uma vez que você os completar. Esses Boos reagem ao material que Gooigi é feito e você sentirá o controle vibrar quando estiver próximo de um. Infelizmente, não há muita variedade, e as lutas contra eles são relativamente simples.
Os controles podem parecer estranhos no começo. Quando a lanterna está acesa ou o aspirador ligado, você fica restrito a uma espécie de controle de tanque, onde você consegue andar mais facilmente para frente (onde o personagem está olhando) e precisa virá-lo em seu próprio eixo para mudar de direção. É sempre mais fácil soltar o comando e virar o personagem, na sua movimentação mais livre.
Resumo
Luigi’s Mansion 3 é um dos jogos mais bonitos e detalhados dos Switch, ficando na mesma categoria gráfica de Mario Odyssey, por exemplo. Os chefões possuem expressões ótimas e as caras de assustado de Luigi são simplesmente demais. Mesmo se atendo à fórmula original, o jogo consegue trazer inovações simples, mas efetivas, como alguns golpes novos e a habilidade de chocar e rebater os fantasmas no chão. Uma sensação confortável para você que conhece a série e um excelente jogo de aventura, se for sua primeira vez caçando fantasmas.
[alert type=white ]Essa análise foi feita com uma cópia para review fornecida pela Nintendo. O jogo está disponível para Switch na Loja Nintendo[/alert]