Análise: Final Fantasy VIII Remastered
Primeiramente eu tenho que confessar que essa análise pode pender um pouco para o lado emocional por um simples motivo: Final Fantasy é minha franquia de jogos favorita.
Graças a essa querida série de RPG da Square Enix, eu aprendi a ver os jogos eletrônicos como algo mais do que um simples entretenimento, havia uma história ali que precisava ser conhecida. Me emocionei com diversos jogos da série e inclusive minha primeira tatuagem foi inspirada na franquia. Acho que sou suspeito para falar sobre Final Fantasy.
O irmão do meio
Infelizmente Final Fantasy VIII carrega o estigma de ser o game que fica entre o sétimo e o nono jogos da franquia, dois dos favoritos dos fãs. Apesar disso, o jogo protagonizado por Squall Leonhart possui sua própria legião de fãs, que até hoje discute teorias criadas desde o seu lançamento, 20 anos atrás, em meados de 1999.
Enquanto os outros dois títulos numerados da franquia para o PSone, Final Fantasy VII e Final Fantasy IX, receberam novas versões para os consoles da atual geração, Final Fantasy VIII ficou esquecido no churrasco por algum tempo, isso até setembro de 2019.
Mas, agora, enfim temos Final Fantasy VIII Remastered, versão remasterizada do game com modelos 3D refeitos do zero e opções extras que facilitam a jogatina dos novatos.
O que há de novo?
Ao mesmo tempo em que é estranho ter o “Remastered” no título dessa versão do jogo, também é compreensível. Diferente de seus outros dois irmãos, Final Fantasy VIII teve um tratamento levemente mais luxuoso em sua remasterização.
O principal destaque são os modelos 3D dos personagens e alguns elementos dos cenários que foram refeitos do zero. Apesar de consideravelmente muito melhores do que os modelos originais, essa mudança pode causar certa estranheza, uma vez que os cenários continuam praticamente os mesmos e a dimensão da tela permanece em 4:3.
Outra novidade são as já conhecidas “trapaças” que permitem ao jogador desativar batalhas aleatórias, aumentar a velocidade do game e utilizar os Limit Breaks (golpes especiais) na hora que quiser. Obviamente todas essas mecânicas estão aí para ajudar quem só quer curtir a história de Squall e Rinoa e são totalmente opcionais.
Fithos lusec wecos vinosec
Mas e aí, vale a pena? Com toda certeza!
Apesar dos tutoriais confusos e em grande quantidade do início do game, Final Fantasy VIII continua sendo um excelente RPG que traz as clássicas batalhas por turnos da franquia, um mundo vasto, o melhor mini game de cartas da história dos videogames e uma ótima trama de amadurecimento, amor e feiticeiras viajantes do tempo.
Infelizmente a cena de abertura, ao som da belíssima Liberi Fatali, provavelmente não conseguirá espantar os novos jogadores como foi o caso duas décadas atrás, mas Final Fantasy VIII Remastered merece sim um espaço em sua coleção, mesmo que agora o clássico meme não tenha mais sentido.
Final Fantasy VIII Remastered já está disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC via Steam.
[alert type=white ]O jogo foi analisado com base na versão de PlayStation 4 cedida gentilmente pela Square Enix[/alert]