Assassin’s Creed Valhalla foi anunciado oficialmente em Abril desse ano e, desde lá, os fãs da franquia ficaram com um leve pé atrás. Será que o jogo tentaria seguir a fórmula de Odyssey, com um mundo gigante, mas repetitivo?
Felizmente não é o caso e Assassin’s Creed Valhalla coloca a franquia Assassin’s Creed de volta ao topo dos jogos de mundo aberto.
O título conta a história de Eivor, um(a) viking que perdeu seus pais bem cedo, quando ainda era uma criança, e busca vingança contra o assassino de sua família. Após uma leve derramação de sangue e algumas reviravoltas na história, Eivor e seu irmão adotivo, Sigurd, partem para Inglaterra para fazer seus nomes e conquistarem novas terras para o Clã do Corvo.
No meio disso tudo, o jogo apresenta você aos Ocultos (também conhecidos como Assassinos) que, aos poucos, vão te passando suas técnicas de stealth. Além disso, eles também explicam que há algo muito maior nos bastidores do que apenas uma disputa pelas terras da Inglaterra.
Um mundo vivo
Ao contrário de seu antecessor, Assassin’s Creed Valhalla não conta com um sistema de missões secundárias. Em vez disso, ele conta com “encontros”, nos quais você simplesmente esbarra com pessoas em situações inusitadas e as auxilia. No geral, esses encontros são bem curtos e, em sua grande maioria, são engraçados ou interessantes.
Outra novidade bem vinda é o fato do jogo marcar no mapa onde estão baús com tesouros, materiais, equipamentos e livros com novas habilidades. Pode ser que alguns desses itens se encontrem em bases inimigas, mas não se preocupe, pois esses locais não tem nada a ver com o que elas eram em Odyssey. No jogo de 2018 você precisava matar sei lá quantos oficiais, queimar “x” coisas e pilhar outros “n” baús. Já em Valhalla, você não precisa fazer nada, se quiser algo basta entrar furtivamente, pilhar o item do seu interesse e ir embora. Sem complicações.
Por fim, ainda há coletáveis para pegar no mundo de Valhalla e maldições que os saxões fizeram para espantar os daneses que você deve dissipar. Parece até ser muita coisa para fazer, mas você vai completando as atividades num ritmo tão natural que nem as sente.
As cidades também contam com algumas atividades, como um mini-game de dados que é muito divertido de se jogar. Também há outro mini-game em que Eivor e outro NPC competem para ver quem bebe mais em um período de tempo menor.
Por último, mas definitivamente não menos importante, há as batalhas de “repente”, em que Eivor precisa ofender seu oponente com rimas. Fazendo isso a(o) viking aumenta seu carisma, desbloqueando opções novas de diálogos no decorrer do jogo conforme você for aumentando esse atributo.
Som dá ainda mais vida à Valhalla
Além de tudo isso que eu comentei, a equipe de engenharia de som da Ubisoft Montreal está de parabéns. Poderia falar como a dublagem do jogo está fantástica, tanto a original quanto a nossa em português, mas seria chover no molhado pois a Ubisoft vem sempre acertando nisso em seus últimos jogos.
Entretanto, o som do jogo dá ainda mais vida para o mundo de Valhalla. Você anda por aí e consegue escutar o barulho dos equipamentos de Eivor balançando conforme você se movimenta. Ou simplesmente ouvir a vida selvagem, constantemente presente. Isso sem contar os momentos em que a música tema do jogo começa a tocar enquanto você explora e um canto nórdico épico acompanha você em sua exploração.
Construindo seu assentamento
Como eu disse no começo da análise, você vai para a Inglaterra para conquistar terras, e é isso que você faz! Logo que chega, você cria seu assentamento e, conforme vai jogando, você pode evoluí-lo, fazendo dele um ponto de interesse para comerciantes e outros guerreiros.
Para evoluir seu assentamento é necessário ajudar seus moradores a construírem novos negócios, como cervejaria, casa de caça, entre outras coisas. Conforme você vai construindo coisas novas, mais seu assentamento crescerá e maior será a fama de seu novo lar.
Como você consegue materiais para melhorar seu assentamento? Da forma que todo viking faz para conseguir algo: tomando dos outros. Você deve ir com sua tripulação até algum monastério e pedir carinhosamente com seu machado para que eles cedam suas matérias-primas para você.
Combate viking
Vou ser obrigado a fazer uma comparação que eu não gosto, mas o combate de Valhalla é muito similar ao de Dark Souls. Você pode esquivar, defender, aparar ataques, desferir ataques leves e fortes. Tudo isso enquanto você gerencia uma barra de estamina.
Valhalla conta com uma diversidade de armas, como machados de uma e duas mãos, espadas de uma e duas mãos, lanças e três tipos de arcos, cada um com um propósito diferente. Isso sem falar da sua fiel hidden blade, arma clássica dos crédo.
O jogo conta com uma árvore de habilidades bem robusta e que pode assustar no início, mas, conforme você vai habilitando novas técnicas, vai ficando mais fácil de entende-la. Há a opção de melhorar seu dano físico, de assassinato, furtivo e a distância, assim como melhorar dano com um tipo específico de arma. Enfim, você terá a oportunidade de customizar bem seu personagem.
Por fim, Valhalla traz de volta os assassinatos em um só golpe, até mesmo contra inimigos mais poderosos. Para fazer isso basta habilitar uma habilidade na árvore de habilidades e acertar apertar um botão no momento correto. Uma forma simples de trazer esse recurso de volta sem quebrar o jogo.
Conclusão
Assassin’s Creed Valhalla é uma evolução de Odyssey em absolutamente todos os aspectos. Com um mundo vivo e sem saturação de missões secundárias repetitivas, Valhalla é um prato cheio tanto para fãs de Assassin’s Creed quanto para fãs de jogos de mundo aberto em geral.
Importante: Essa análise foi realizada em um PS4 a partir de uma cópia para review gentilmente cedida pela publisher.