Não se pode negar que nos últimos anos a quantidade de Metroidvanias feitos pelos estúdios Indies tem lotado os catálogos virtuais de Games mas agora evoluímos para algo mais difícil ainda, um Soulsvania super difícil que vai obrigar o jogador a levar o jogo a sério desde o começo, pois o realismo sobre a condição humana dos personagens é um dos fatores que deixa Vigil – The longest Night tão divertido e diferenciado.
Em Vigil você controla uma guerreira treinada para lidar com os combates mais ferozes possíveis do mundo medieval mas é obrigada a lidar com um novo mundo infernal, que parece ter saído de vários contos de terror ao mesmo tempo e cabe a você dar um jeito nessa capetada usando as armas e estratégias mais inteligentes enquanto lida com as limitações humanas de fôlego e resistência a quedas.
Como já dito antes, Vigil – The Longest Night é um jogo difícil mas não pense que se trata da personagem ter pouco Life e os inimigos muita energia, na verdade é por conta de ter que saber lidar com muitos fatores limitantes ao mesmo tempo além dos inimigos serem inteligentes e apelões, com ose realmente estivessem se esforçando pra salvarem as próprias vidas do teu ataque enquanto apenas deseja passar por ele pra chegar ao teu objetivo.
Até perceber a lógica em Vigil, você morrerá para soldadinhos e monstrinhos simples pelo simples fato de eles estarem em uma posição privilegiada no terreno e um simples ataque pode te obrigar a cair num buraco, seja porque te atingiu no ar, numa beirada ou porque você decidiu esquivar rolando e… Mesmo em um terreno plano e sem bordas, teus ataques e esquivas gastam fôlego e cansar na frente do adversário é morte quase certa.
A primeira coisa que você vai pensar ao enfrentar certos chefes depois de passar por um mapa difícil com a mesma energia é que o jogo é desbalanceado, mas não se iluda, a mecânica das armas duplas, de arremesso, bombas, evolução de ataques, é tudo uma amostra de liberdade para ser apelão com todos os adversários e vai perceber que ela também é uma demônia assassina e se não fosse a barra de fôlego, o jogo seria injusto para os adversários!
Além de desafio e gráficos maravilhosos, Vigil tem uma história interessante e personagens bem construídos. Além de uma trama misteriosa e o teor das conversas serem tão pesada quanto as cenas de Gore e situações desgraçadas que o jogo te impõe.
Você adorará descobrir esta pérola dos Soulsvanias que permite criar um tipo de guerreira de acordo com teu gosto de luta, lembrando até um pouco do novo God of War, onde de acordo com o tipo de arma, configuração de vestes e evolução de ataques, constrói-se um perfil de combate diferente com a mesma personagem.
Vigil – The Longest Night é um jogo criado pra ser épico e funciona, com mapas bem desenhados, um Level Design interessante e desafiador, que não te prende em um castelo gigante por 90% do tempo de jogo, ao contrário, muitas fases são ao ar livre como em Blasphemous e avançar no jogo revela cenas bonitas mas o preço são inimigos cada vez mais complicados. Claro que o jogo permite evoluir o personagem, mas um simples buraco pode matar o personagem mais forte facilmente.
Vigil foi lançado em Outubro de 2020 e tem recebido constantes atualizações para tornar a experiência cada vez mais divertida e variada, violenta e grotesca, em uma noite maldita que parece não ter mais fim, com segredos revoltantes e monstros que darão pesadelos no teu irmão caçula por dias.
