Análise – Rainbow Skies
Desenvolvido pela SideQuest Studios e publicado pela EastAsiaSoft, Rainbow Skies é o sucessor espiritual de Rainbow Moon, lançado em 2012.
Vindo com a missão de superar o jogo anterior, Rainbow Skies é um RPG tático que expande diversos conceitos do jogo original e coloca o jogador em batalhas por turnos nas quais, muitas vezes, somente uma boa estratégia lhe concederá a vitória.
Uma ressaca e um feitiço de ligação
A história começa em um lugar conhecido como Arca, uma espécie de vilarejo flutuante. Lá, seus habitantes possuem vidas relativamente tranquilas, mas são incapazes de voltar à terra firme de Lunah, uma vez que se acredita que o mundo não é mais habitável devido à poluição do local.
Damion, um jovem de 19 anos, está prestes a realizar o exame final para se tornar um domador de monstros mas, graças a uma bebedeira daquelas na noite anterior, não está muito hábil para o teste. Após cometer um grande erro e liberar monstros pelo vilarejo, Damion e seu examinador Layne vão tentar reparar as coisas, mas acabam caindo de Arca para a temível Lunah. Em paralelo a isso, conhecemos Ashly, uma jovem maga que está prestes a lançar um feitiço de ligação em um monstro, mas acaba acertando Damion e Layne que caem dos céus. Para o azar deles, o feitiço funcionou e agora todos os três estão ligados e não conseguem ficar mais do que alguns metros longe um dos outros.
Infelizmente a história não avança muito mais do que isso. Nosso trio de protagonistas é obrigado a ir de um lugar ao outro tentando arrumar uma forma de se livrar do feitiço, no estilo “a princesa está em outro castelo”. O jogo até aborda temas como desigualdade entre classes sociais, poluição e má utilização de recursos naturais, mas nenhum desses temas é bem aprofundado, e mesmo o tom alegre e engraçado do game não impede que você se entedie com a repetição da trama.
Estratégia e farming
Em relação à jogabilidade, Rainbow Skies cumpre muito bem tudo o que pretendia. As batalhas possuem o estilo clássico de Final Fantasy Tactics e são dividas em turnos e ações. Toda vez que for o turno de algum personagem que você tenha controle será possível utilizar um número limitado de ações (que aumentam conforme o personagem evolui) para atacar, andar ou usar um item. No começo, tudo é bem simples, mas a partir do momento em que você começa a aprender novas skills e adquire a habilidade de usar monstros nas batalhas o jogo passa a exigir mais do jogador.
As clássicas “batalhas aleatórias” ainda estão presentes, mas de uma maneira diferente: ao invés de já colocar o jogador direto na batalha, o jogo mostra qual grupo de inimigos você está para enfrentar e lhe dá a opção de enfrentá-los ou não. Além disso, existem monstros que perambulam pelos mapas, bloqueiam passagens e protegem tesouros; nesses casos, não há como escapar e batalhar é a única alternativa.
Da forma que os inimigos estão espalhados, o jogador pode ignorar todas as batalhas aleatórias e enfrentar apenas os inimigos obrigatórios e ainda assim conseguir avançar no jogo, sem haver a necessidade de farmar em uma área antes de ir para outra. A coisa muda de figura após o final da história principal, pois o jogo fica absurdamente mais difícil e é necessário investir muitas horas para conseguir estar no mesmo nível dos inimigos.
O jogo conta com diversas side quests, mas, infelizmente, muitas delas são repetitivas e simples demais e se resumem a explorar áreas, coletar itens e enfrentar monstros mais poderosos. Vale mencionar também o divertido minigame de pescaria por turnos!
Vale o investimento?
Se você nunca jogou nada do gênero, ou se está cansado dos seus RPGs antigos, Rainbow Skies é uma excelente experiencia que, apesar de possuir uma história fraca, entretêm por umas 40 horas o jogador mais casual, e outras centenas caso queira os almejados 100%.
É muito legal ver como um estúdio independente como o SideQuest Studios aprendeu com as críticas e conseguiu trazer uma sequencia ainda melhor do que Rainbow Moon.
Rainbow Skies será lançado hoje, dia 26 de junho, para PS4, PS3 e PlayStation Vita.
[alert type=white]O jogo foi analisado com base na versão de PlayStation 4, cedido gentilmente pela distribuidora. [/alert]