Análise: The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia se esforça para agradar os fãs do anime, mas peca em alguns pontos

O grande aumento no lançamento de jogos de anime e a recente chegada da segunda temporada do anime de Nanatsu no Taizai (também conhecido como The Seven Deadly Sins) ajudou a Bandai Namco a criar um de seus típicos jogos de luta de anime baseado nessa obra de Meliodas e seus companheiros

Apesar de alguns fãs estarem um pouco empolgados com o lançamento do jogo, The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia chega em uma época com diversos lançamentos de peso. Então será que The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia vale seu investimento? É isso o que vamos tratar nessa análise.

Do anime para o game

A história de The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é exatamente como a da primeira temporada do anime, só que de uma forma extremamente resumida, obviamente, contando a quest de Elizabeth, a princesa do reino, em sua busca por todos os sete Pecados Capitais. Esses Sete Pecados Capitais são famosos por serem os guerreiros mais poderosos do reino, entretanto, eles se separaram pois foram acusados injustamente de tentar derrubar o Reino de Liones.

O jogo conta algumas outras coisinhas que vão além da primeira temporada do anime, como o seu encontro com Escanor, o último Pecado Capital que você encontra, e Zeldris, um dos Dez Mandamentos e vilão da segunda temporada do anime. Mas fora isso, não há nada que necessite conhecimentos prévios de coisas além da primeira temporada do anime.

Gameplay que falta inspiração

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia é um jogo de luta em que todas as missões se passam em arenas fechadas. Existem três tipos de missões no jogo: Trials, Battle e Errands, que podem ser resumidas em lutas contra personagens normais (como Meliodas vs Ban), lutas contra diversos minion (como você contra 50 cavaleiros do exército do reino) e missão de coleta de itens.

Entretanto, apesar de serem três modos de missão, todos eles jogam praticamente da mesma maneira, até mesmo o de coleta de itens, em que você se vê obrigado a usar o Hawk para atacar os inimigos. Essa falta de criatividade para os modos do jogo acaba tornando-o repetitivo e enjoativo para se jogar por muito tempo.

Outra coisa que The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia poderia ter trabalhado melhor em seu gameplay são os controles. O jogo assusta quando você olha a quantidade de comandos diferentes que existe. Assim você vê essa imagem já tenta decorar algumas coisas para fazer no jogo e melhorar sua chance de sucesso na missão, algo normal praticamente todo tipo de jogo e que é até legal para tentar dar uma certa profundidade para o jogo. O único problema é que tudo isso pode ser descartado e trocado pelo simples apertar constante do ataque fraco.

É possível equipar os personagens do grupo dos Sete Pecados Capitais, e para desbloquear novos equipamentos é necessário completar quests do jogo. Esses “equipamentos” na verdade não passam de alguns buffs para sua defesa, ataque, ataque especial ou de longa distância, assim como alguns debuffs para seus oponentes, não afetando de maneira alguma a estética dos personagens.

Fiel à obra original, até certo ponto

A Bandai Namco tentou agradar os fãs que assistiram ao anime de The Seven Deadly Sins trazendo todos os atores que deram as vozes originais para os personagens. Isso ajuda muito a manter o carisma de todos os personagens. Pelo menos quando se trata de suas falas.

Pois quando é para comentar sobre a movimentação dos personagens e da modelagem geral do jogo, ele deixa muito a desejar. Se não bastasse o sorriso sem graça de Meliodas enquanto faz uma pose estranha após cada vitória, o jogo usa imagens estáticas de cada personagem para contar os diálogos. Porém, ao contrário de alguns outros jogos que mudam essas imagens conforme o tom da fala muda, The Seven Deadly Sins não conta com isso, então é bem estranho você ver algum momento tenso da história e os personagens dando risada na imagem.

A trilha sonora do jogo se esforça muito para tentar passar o clima de uma Inglaterra medieval, e apesar de conseguir, ela é extremamente enjoativa e em certas horas, como no meio de quests, você mal repara que ela está lá. Com exceção da música da última quest, que foi a única em todo o jogo que chamou a atenção e deu um bom clima pra luta.

Conclusão

The Seven Deadly Sins: Knights of Britannia faz o seu dever como um jogo de anime e é capaz de agradar todos os fãs, tanto do anime quanto do mangá. Entretanto, devido uma boa quantidade de erros e uma enorme repetição em seu gameplay o jogo acaba deixando a desejar, tornando-o difícil recomenda-lo para qualquer pessoa que realmente não esteja em busca de um pouco de fanservice.