Análise – Okami HD
Lançado originalmente em 2006 para PlayStation 2 e para Wii, Okami foi um dos grandes destaques de seu ano por trazer um estilo de arte único e sua jogabilidade inspirada nos clássicos da série Zelda. Em 2012 o jogo foi re-lançado para PlayStation 3 e agora em Dezembro de 2017, tivemos mais um re-lançamento, mas com gráficos remasterizados e com suporte até a 4K (ainda travado a 30 fps) para PlayStation 4, Xbox One e PC.
Se você ainda não conhece Amaterasu ou se você já jogou Okami em algum dos seus outros dois lançamentos, essa é uma ótima oportunidade para você acompanhar essa bela jornada.
Desenhando seu caminho
O jogo te coloca no controle de Amaterasu, a deusa do Sol que possui a forma de um lobo branco. Em sua jornada, ela precisa derrotar o demônio Orochi, uma serpente de oito-cabeças que acordou para trazer a ruína para o mundo. Você é acompanhado por Issun, um pequeno e carismático inseto que irá te auxiliar em todos os momentos. Ele também irá ensiná-la a usar o Pincel Celestial, sua principal ferramenta para solução de puzzles e progressão da história.
O Pincel Celestial pode ser usado de diversas maneiras: você poderá reparar objetos e lugares quebrados, alterar o ciclo de dia e noite ou criar objetos para auxiliar sua travessia. Com o avanço da história, mais técnicas do Pincel estarão disponíveis para você usar, deixando o jogo cada vez mais interessante.
Ele também é uma ferramenta necessária para os combates, você precisará usá-lo de diferentes maneiras para derrotar os inimigos e chefes das Dungeons. A mecânica é simples, basta apertar R1 que o cenário torna-se uma tela estática onde você pode usar o pincel como quiser. Existe um limite para o uso do pincel e ele é recuperado durante o tempo, então o balanço sobre como usá-lo no combate é parte crucial da estratégia. O combate também consiste em um sistema de ação tradicional, onde você deve atacar e esquivar-se dos inimigos para então, usar o pincel para finalizá-los.
A Beleza das Cores
Um dos maiores destaques de Okami é sua arte e na versão HD, você poderá apreciar toda essa beleza em até 4K, o que deixa o jogo extremamente mais bonito. O estilo da arte com cores vivas combinado com os traços fortes da pintura Sumi-e mais o cell-shading trazem um charme único para o jogo e mostram que apesar do jogo original ter 12 anos, ele envelheceu muito bem (pelo menos nesse aspecto). Os cenários são imersivos e belos, trazendo junto com a trilha sonora, o sentimento de estar no Japão Feudal.
Fique com essa maravilhosa versão do Video Games Live, enquanto lê o restante da análise.
Alguns pequenos problemas
Acredito que os maiores problemas de Okami venham da sua idade. O jogo original é de uma época onde a mecânica de câmera com os análogicos estava sendo desenvolvida e masterizada, assim a câmera de Okami é uma das dificuldades que você irá encontrar. A primeira coisa que recomendo fazer é inverter os dois eixos, para que o jogo fique similar ao sistema que temos hoje. Os demais controles também são um pouco complicados e com certeza você não vai conseguir fazer uma grande obra de arte controlando o Pincel Celestial no Analógico do dualshock 4. O jogo também possui uma introdução de aproximadamente 20 minutos que é bem lenta e vai testar um pouquinho da sua paciência (claro que isso não é nada comparado a Metal Gear 4, né ?).
Conclusão
Seja essa sua primeira experiência ou você quer reviver a jornada de Amaterasu, Okami HD é extremamente indicado. A história pode ficar um pouco lenta em algumas partes, mas é bem divertida, com uma duração de 35 a 45 horas. Os puzzles, combates e evolução do jogo trazem uma similaridade à série Zelda, que consegue agradar a todos. Alguns dos problemas de controles e câmera podem ser explicados simplesmente olhando para trás, para o ano de 2006.
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A análise foi realizada com base na versão de PlayStation 4 fornecida pela Capcom. Okami HD está disponível para PC, PlayStation 4 e Xbox One.
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