Análise – Dark Souls III: The Ringed City
Com a premissa de nos levar ao fim do mundo, The Ringed City chegou para finalizar o legado da série Souls, sendo o último conteúdo lançado para a franquia. A expansão traz um novo cenário para explorarmos, assim como novas armas, armaduras, arenas PVP e o mais importante: incríveis chefes para nos traumatizar.
Você pode acessar The Ringed City de duas maneiras: via uma bonfire que aparece na área onde você enfrenta o último boss da DLC Ashes of Ariandel ou em Kiln of the First Flame, onde uma nova bonfire aparecerá.
Assim que chegamos à nova área, somos apresentados a Dreg Heap, um mapa escuro e cheio de poeira — provavelmente um grande reino no passado. Por conta disso, ele é um mapa bem vertical, onde é necessário descer bastante, até cairmos em uma igreja, onde a expansão realmente começa.
Do pó ao pó
Nesse mapa, eu já recebi o meu primeiro tapa na cara como fã de Dark Souls, pois eles mencionam a Dark Soul, algo que não ouvimos falar desde o primeiro jogo, além de também encontrarmos com um personagem que se assemelha muito com um Chosen Undead, personagem principal do primeiro Dark Souls.
Mas as referências aos jogos passados não terminam aí. A cada canto que andamos, temos pequenas dicas de que tudo está sendo interligado nessa expansão. Sinal disso são a presença dos sets dos jogos antigos e o retorno de alguns lugares com nomes bem familiares para os fãs de longa data. Nessa jornada pelo fim do mundo, há, ainda, itens com descrições que remetem a elementos do passado.
Enfim, não quero me prolongar em detalhes sobre a lore da expansão para evitar spoilers involuntários, mas após o primeiro boss — que, apesar de assustar, não é um dos maiores desafios que você enfrentará — chegará à cidade principal da expansão: The Ringed City. E, meu amigo, que primeira impressão boa a From Software conseguiu passar sobre o fim do mundo. Um lugar lindo, florido e ouso dizer até que vivo. Mas como todos nós que jogamos Dark Souls antes já sabemos, todos os lugares lindos são igualmente mortais.
Ah, e é óbvio que em algum ponto dessa expansão eles iam colocar um pântano com poison. Afinal, não é Souls sem um pântano com poison.
Carregando o legado das batalhas da série
The Ringed City traz alguns novos inimigos para o jogo. Alguns destaques são um ser gigante que invoca espíritos, os Ringed Knights, guerreiros que possuem algo similar ao Dark Sign em sua armadura e atacam com armas que podem ser encantadas com fogo e um anjo que dispara diversos projéteis em você. Não preciso nem dizer que todos eles vão te matar em algum momento do jogo, né?
Entretanto, apesar desses inimigos serem criativos, não é possível se dizer a mesma coisa de todos. Em vários momentos vemos alguns inimigos já familiares do jogo normal, mas mesmo que nem todos sejam algo extremamente novo, eles ajudam bem a contar a lore por trás do que está acontecendo na expansão.
Já os chefes… Eles são o ponto forte de The Ringed City. São quatro ao todo, e cada um deles tem uma característica única e são bem longe daquele clichê de chefe genérico (isso é algo que Dark Souls 3 como um todo fez muito bem). Um deles, inclusive, traz uma mecânica nova para a franquia Dark Souls similar a como funciona The Old Monk em Demon’s Souls, tornando a luta muito mais “divertida” caso você esteja jogando online.
Outro destaque da nova expansão são as armas e magias que ela introduziu ao universo Souls. Em ambos os Dark Souls, houve poucos equipamentos e armas que eu me senti compelido a realmente usar, mas em The Ringed City há uma das armas mais divertidas de serem usadas em todo Dark Souls 3, tanto para PvE quanto PvP: um set de espadas gigantes que se encantam com fogo e têm um moveset acrobático. Quer mais? Então lá vai: ela lança um projétil de fogo também.
Falando em PvP, The Ringed City traz novos mapas para a arena PvP do jogo, além de introduzir a função de criar salas de PvP com senha, permitindo que você duele com seus amigos sem ter nenhuma presença indesejada. Apesar das duas novas arenas serem meio que uma reciclagem de cenários do Dark Souls 3 original, trazem avanços em design comparado aos antigos mapas das arenas.
E é lógico que com novos chefes, temos novas trilhas sonoras, e todas elas, como sempre na franquia Souls, são incríveis, mas o destaque, em minha humilde opinião, fica para a do chefe final da expansão. A trilha sonora segue o mesmo padrão do jogo base, bastante orquestrada e que se encaixa perfeitamente com a lore por trás do inimigo que estamos prestes a derrotar (ou não).
Conclusão
É complicado conseguir explicar todos os motivos que fazem com que The Ringed City fecha a franquia Souls com uma das melhores expansões entre os três jogos sem estragar a experiência de quem quer descobrir tudo por si. Mas demorei cerca de oito horas para fechá-la pela primeira vez, tomando meu tempo para explorar e mesmo assim deixando passar inúmeros detalhes.
Apesar de ser relativamente curto, The Ringed City traz tantos novos segredos e lore para os fãs de longa data de Dark Souls. É um conteúdo obrigatório para qualquer fã da série.
Essa análise foi feita com uma cópia gentilmente fornecida pela assessoria de imprensa da Bandai Namco. O jogo foi jogado em um PS4 padrão.