Análise: Quinto episódio de Hitman em Colorado nos prepara para a Season Finale

No quinto e penúltimo episódio de Hitman, o Agente 47 viaja ao estado de Colorado, nos Estados Unidos, para desvendar uma trama de mistérios que vem sendo construída desde o primeiro episódio. Se infiltrando no meio de criminosos altamente treinados, 47 deve destrinchar uma rede de terrorismo internacional que interliga quatro alvos de uma vez só.

Sean Rose, o terrorista responsável pela organização, é suspeito de ser o procurado “informante” (nesse caso, o shadow client) procurado pela ICA desde episódios passados; junto com ele, é preciso eliminar mais três alvos. Penelope Graves, ex-agente da Interpol que desertou e começou a trabalhar para a milícia privada de Rose, Erza Berg, um interrogador profissional que trabalhou na Mossad, a central de inteligência de Israel, e Maya Parvati, instrutora de combate e ex-assassina dos Tamil Tigers.

O local é completamente hostil, cercado de guardas por todos os lados e, inexplicavelmente, não há tanta variação para matar seus alvos como nos episódios anteriores. Talvez pelo alto número de alvos e o local, que não favorece a uma exploração mais folgada, Colorado parece apenas preparar o chão para a Season Finale dessa temporada de Hitman.

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Colorado blues

Sempre achei bem prática a ideia de ter poucos alvos (dois, no máximo) para eliminar, desde que exista um leque de opções de como eu posso executá-los. No segundo episódio, em Sapienza (e um dos meus favoritos), o tanto de opções de infiltração e eliminações dos alvos era incrível, dando margem para expandir sua criatividade e armar as mortes mais loucas que você conseguir criar. Já em Colorado, infelizmente, senti o oposto disso.

Quatro alvos num local extremamente vigiado com guardas armados por todos os lados era algo além de desafiante — a cautela em cada uma de suas ações deve ser milimetricamente escolhida, já que em um passo errado, tudo vai pelo ralo. Não que nos outros episódios não fosse dessa forma, mas ao infiltrar num campo com uma milícia armada até os dentes, é um tanto apreensivo.

A falta de oportunidades para eliminar esses alvos também me deixou um pouco decepcionado. Ok, você pode eliminar Sean Rose programando seu relógio para explodir ou brincar com nitrogênio líquido, mas e depois de você já ter concluído essas oportunidades? Matar Erza Berg com um machado, pelo menos pra mim, me deu uma sensação de inverter os papéis de quem merecia usar aquela máscara de Michael Myers.

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Poderia ter um pouco mais de variedade e um pouco menos de alvos a serem eliminados. O seu tempo em Colorado se resumirá em encontrar e matar cada um desses alvos de maneira sistemática, em vez de colocar sua criatividade para trabalhar e se divertir fazendo as maiores bizarrices para arrastar os alvos para a cova.

Preparando terreno para o último episódio

Colorado foi mais um preparo de terreno, como disse antes. Tudo se esclarecerá no último episódio, em Hokkaido (Japão), quando 47 descobrir quem é o famigerado cliente que está a sua espreita. Mesmo não sendo um episódio ruim, houve aqui um desperdício de algo que poderia ser incrível. Quatro alvos — caramba!

Dê mais uns replays nesse episódio, mate os Elusive Targets e espere pela Season Finale encerrar com chave de ouro a primeira temporada da série episódica de Hitman, que mudou completamente minha visão de como essa franquia pode ser fantástica.