Desenvolvido e distribuído pela Ubisoft, Tom Clancy’s Rainbow Six Siege é um jogo de ação tática em primeira pessoa, lançado no dia 1º de dezembro de 2015 para PlayStation 4, Xbox One e PC.
Siege foi anunciado na conferência da Ubisoft na E3 de 2014, com a promessa de ser um jogo [highlight]voltado ao trabalho em equipe e de caráter realista no que diz respeito a infiltrações e resgates[/highlight]. Os efeitos das explosões parecem reais e a forma de tombar a mira para os lados, como se o personagem se inclinasse sem mover o pé do chão, atraiu a curiosidade de alguns jogadores FPS.
Quando lançado, o jogo foi bem recebido pelo público, salvo algumas críticas sobre matchmaking e alguns problemas de conexão. Leia a análise abaixo e saiba por que você deve ou não jogar Rainbow Six Siege.
Singleplayer é um treinamento para o Multiplayer
História? Não há. O que na realidade existe para o modo singleplayer são os Cenários, que para mim pareceu mais um “treinamento” de preparação para o modo Multiplayer do que qualquer outra coisa. A cada Cenário você aprende uma nova mecânica do jogo, independentemente do modo. Seja desarmar uma bomba ou extrair/proteger um refém, cada cenário tem o objetivo de te ensinar algo novo, como evitar armadilhas ou fortalecer uma sala específica.
Ao final de 10 cenários contra a IA, é aberto o Cenário Artigo 5. Esse é o cenário com mais cara de “história” que a Ubisoft conseguiu trazer. O Artigo 5 foge bastante da curva de aprendizado do jogo, e se tentaram simular uma partida online, falharam miseravelmente. Este é o único cenário que busca por um esquadrão online (você e mais 4 pessoas) e apresenta uma dificuldade muito acima dos demais cenários. Confira a abertura dele a seguir:
Gameplay inteligente, onde não só os reflexos contam
O gameplay é fluído, a ação tática realmente acontece e trabalhar em equipe é a chave para o sucesso. Desde o ínicio da partida, seja defendendo ou atacando, uma hora você chega naquele momento em que sobra só você no mano a mano com um inimigo. E mesmo em situações como essa a premissa do jogo prevalece, te fazendo pensar antes de agir. Esse tipo de gameplay atrai bastante porque foge um pouco daquele PvP conhecido do Call of Duty ou Battlefield, em que somente reflexos rápidos contam. Para jogar Rainbow Six Siege você também precisa de esperteza e paciência.
O jogo é bem variado: além da gama de mapas e modos de jogo, é relevante citar que a localização dos objetivos muda para um mesmo mapa a cada vez que é jogado. Outro aspecto cativante são os agentes, que possuem características únicas. Além de podermos customizar as armas e acessórios, cada personagem traz uma habilidade única para contribuir com o time, e o mais legal é que é possível utilizar apenas um de cada por partida. Em outras palavras, se eu escolho o “Doc” – um agente especializado em reviver os outros jogadores –, nenhum dos outros 4 membros da minha equipe poderão escolhê-lo, o que torna o jogo bem dinâmico.
Jogar com o som da TV é um desperdício. Recomendo fortemente utilizar um Headset de alta qualidade, eu fiz isso e senti a melhoria na qualidade geral do som, e também me permitiu ouvir com clareza a localização de passos dos inimigos, explosões, etc. A dublagem é boa, joguei em português sem perceber problemas.
Antes de se aventurar pelo Multiplayer é recomendável ver os tutoriais e passar por alguns cenários, para que a experiência inicial seja proveitosa, evitando passar raiva por não “saber jogar”. As microtransações não afetam o gameplay do MP de forma alguma, são limitadas a skins para as armas e boosts de XP. Existe uma grande dependência do time durante as partidas, então se comunicar faz muita diferença. Infelizmente, muitas vezes as pessoas não seguem o combinado, e é por esse motivo que dou preferência a jogar com amigos em jogos desse tipo.
O que me chamou bastante atenção no jogo foi que, mesmo após morto, você pode colaborar com o time, utilizando câmeras/drones para marcar os inimigos. Em comparação com outros jogos, eu me sentia muito ocioso até começar um novo round.
Os pontos de melhoria
Agora vamos aos problemas encontrados. Joguei mais de 70 partidas online e posso dizer que:
O jogo apresenta alguns problemas no matchmaker, já tive que esperar cerca de 7 minutos para encontrar os 10 jogadores para iniciar a partida. Na ocasião, o tempo estimado era de 50 segundos. Isso aconteceu diversas vezes.
Durante partidas meu jogo já “crashou” e tive que reabrir o jogo e esperar meus amigos terminarem a partida para me juntar a eles. Aconteceu poucas vezes.
No modo ranqueado, existem penalidades para quem deixar a partida. Senti falta de uma penalidade no modo casual, mesmo que mais branda. Nota-se que muitos jogadores, por diversos motivos, resolvem abandonar a partida o que por sua vez prejudica quem se mantém para os próximos rounds, muitas vezes não entra ou demora muito para alguém entrar no lugar. Isso aconteceu diversas vezes.