Grandes mudanças estão chegando para Bioshock Infinite. Conforme a Irrational Games informou semana passada, serão lançados dois DLCs com conteúdo inédito para a história. “Burial at Sea” deve chegar nos próximos meses. Esse DLC trará de volta a cidade submersa de Rapture, e nos dará a chance de jogar como Elizabeth.
Enquanto Elizabeth serviu como companheira na campanha original de Infinite, Burial at Sea – Episódio 2 marcará sua estreia como personagem jogável. O criador de BioShock, Ken Levine, disse à IGN semana passada que a campanha de Elizabeth será “mais para o Survival Horror” do que foi a campanha principal de Infinite. Muitos fãs se perguntaram como isso poderia acontecer.
“Ao colocar Liz como protagonista, tivemos que ter muito cuidado para não estragar a experiência que os jogadores tiveram com a mocinha na campanha principal de Infinite.” disse Amanda Jeffrey, Level Designer de Bioshock Infinite. “Isso é algo que esteve na nossa mente, pois Liz é uma personagem muito diferente de Booker. Se fossemos colocar um Booker de vestido, isso seria péssimo. E os jogadores pensariam que essa é uma saída barata para o DLC, e isso não é algo que nós queremos. Se, de repente ela, aparecesse com biceps gigantes, correndo por ai com uma metralhadora gigantesca, nós estaríamos traindo ela como personagem. Nós ainda não temos todos as respostas, mas estamos muito, muito atentos aos perigos que temos que evitar.”
“Elizabeth tem a vantagem de sua inteligência”
“O Booker é um ex-soldado. Ele chega chutando a porta, indo para o cara-a-cara com seu inimigo e derrubando-o, por ser o homem forte,” ela continuou. “Agora em Infinite, Elizabeth é uma pessoa muito mais racional. Ela preferiria se manter longe de perigo e ajudando de várias formas diferentes, além de procurar coisas no ambiente. Ela presta muito mais atenção em sua volta e agora ela interage com isso. Agora é ela quem toma a liderança, vasculha as gavetas, ou seja lá o que for que ela faça.”
De acordo com Jeffrey, jogar com Elizabeth é menos sobre combate e mais sobre a estratégia.
“Com Elizabeth, os jogadores tem que ver as coisas com outro foco. Ela precisa pensar de outra forma sobre como lidar com seus inimigos, e, ás vezes, isso pode significar passar sem enfrentar um delessequer, pois simplesmente não precisa enfrenta-los. Em outros casos, pode-se usar a força do seus inimigos contra eles. Há formas diferentes de pensar e – eu hesito em dizer isso – mais feminina de encarar um problema. Todos esses inimigos têm a vantagem da força, porém Elizabeth tem a sua inteligência.”
No fim de Bioshock Infinite, Elizabeth aprende como usar sua habilidade de Fendas para manipular o ambiente ao seu redor. Enquanto Booker utiliza armas e Vigores em Infinite, o poder secundário de Elizabeth será as Fendas, e a Irrational esta muito atenta em não deixar isso quebrar a mecânica do jogo.
“Nós ainda estamos pensando o quão extenso serão as habilidades de Liz com suas Fendas nesse DLC.” Disse Jeffrey. “Eu hesito em dizer muito sobre o que nós temos por enquanto, já que há a possibilidade de mudar tudo em poucas semanas. Apesar disso, posso dizer que Elizabeth e sua habilidade de fendas não é necessariamente um botão para ganhar o jogo.'”
“Ela definitivamente mudou após as coisas que ela fez em Infinite”
“Ela tem conhecimento do universo e de outros universos que ela pode visitar, e ela sabe, novamente, de constantes e variáveis. Há coisas que ela pode mudar e há coisas que não fazem diferença se ela mudar ou não. Então ela não será um tipo de Deus. Ela será muito mais poderosa na forma de interagir com o mundo do que nós vimos em Infinite, porém ao mesmo tempo, isso não seria um caso de andar em um lugar e pensar ‘Vou apertar esse botão e… Final feliz para todos!’ Pois, de um lado, isso não teria graça alguma. E do outro lado, eu acho que, infelizmente, as coisas nunca são tão faceis para Liz. Ela precisa lutar para seus finais felizes.”
Jeffrey e Levine também falaram sobre a ideia dessa ser ou não a Elizabeth que passamos nosso tempo no Infinite, ou se é uma de uma realidade separada. Enquanto nenhum dos produtores confirmaram que essa é “nossa” Elizabeth, ambos deixaram claro que ela esta bem atenta aos eventos que aconteceram em Columbia, na campanha principal.
“Eu não irei dizer o que acontece, mas no fim da primeira parte de Burial at Sea, Elizabeth vai para um outro tipo de realidade, e colocar vocês nos sapatos dela foi uma ideia que achamos que seria muito poderosa.” Disse Levine. “Ela é a Elizabeth, mas ela também tem um caráter. Ela foi afetada. Ela definitivamente mudou após as coisas que ela fez em Infinite. Eu diria que com certeza você esta jogando após os eventos de Infinite, e essa pessoa estava vendo todas as coisas que você fez em Infinite, e isso a afetou.”
Quando Jeffrey foi perguntado sobre a Elizabeth assumindo os holofotes, ela insistiu que Liz foi protagonista de Infinite o tempo todo, mas admitiu que essa história terá um foco maior nela do que a campanha principal foi capaz de ter.
Via IGN