Final Fantasy X
O décimo título da consagrada série Final Fantasy foi lançado originalmente em 2002 (2001 no Japão) pela Square-Enix (que na época ainda era Squaresoft). As expectativas deste jogo eram grandes, pois praticamente todos os jogos da série possuíam uma qualidade altíssima. Já seu sucessor, Final Fantasy X-2 foi lançado em 2004 (2003 no Japão) e pela primeira vez a empresa “quebrou” a sequência direta, criando uma continuação do sucesso anterior.
Primeiramente, peço a você leitor, que aperte o play abaixo e leia o review ao som do segundo maior clássico da história de Final Fantasy (sim, segundo, pois One Winged Angel é imbatível!)
[quote]Escute a minha história, esta pode ser nossa última chance…[/quote]
Você é Tidus, a grande estrela do time Zanarkand Abes, e está prestes a entrar em campo para um importante jogo de Blitzball de sua carreira. Enquanto isso, do lado de fora da cidade algo estranho acontece, o oceano não está pacato como sempre, as águas possuem um movimento incomum e de longe, Auron observa a chegada de seu “amigo”. Sin, a temida criatura resolveu atacar Zanarkand. No ápice do jogo Tidus, quando utiliza de seu movimento clássico, saindo para fora da bolha de água que é o campo, vê o início do ataque na cidade. Caos, pânico e destruição são as coisas que dominam a cidade no momento e quando Tidus começa a correr para longe da besta, encontra com seu amigo Auron pedindo auxílio para deter as criaturas geradas por Sin, neste momento o tempo congela e um garoto de roupas roxas aparece dizendo: “Começou, não chore.” e então desaparece, chamadas de Sin Spawns. Após alguns minutos de batalhas com as pequenas criaturas, os dois chegam à Sin, quando ocorre o primeiro “Plot–Twist” do jogo e Auron joga Tidus para dentro do corpo de Sin.
Tidus então acorda em algumas ruínas sem nenhuma idéia do que aconteceu ou mesmo se foi real. Aí ocorre o primeiro contato com o povo de Al–Bhed, que fala uma língua não compreensível no início. Após quase ser capturado, Tidus é acolhido no barco dos exploradores e Sin ataca novamente, levando Tidus.
Agora em uma praia, Tidus acorda e se depara com um pequeno time de Blitzball, liderado por Wakka. Ao dizer sobre Zanarkand, todos acham que Tidus é louco, pois a cidade foi destruída a milhares de anos, na última batalha contra Sin.
Tidus é levado ao vilarejo de Besaid, onde é convidado por Wakka a se juntar ao time, que não vence a 23 anos. Também em Besaid, Tidus é introduzido a Yevon, a divindade protetora do mundo de Spira e aos Summoners, místicos que possuem poderes de invocar outras criaturas com o propósito de derrotar Sin. O templo de Yevon de cada cidade é considerado sagrado e existe uma área onde somente o Summoner e seus guardiões podem entrar. Apesar dos avisos, Tidus invade essa área do templo para checar o que aconteceu, pois o Summoner entrou estaria lá a um certo tempo. Após alguns puzzles, Tidus se depara com Yuna, uma bela moça e seus guardiões: Lulu, de cabelos negros e um ar de mistério e Ronso Khimari, uma espécie de homem lobo com uma aparência feroz. Lá Tidus descobre que Wakka também é um guardião.
Essas são apenas as primeiras horas de jogo. Yuna pede à seus guardiões que Tidus acompanhe em sua jornada, pois ela deve ir de templo em templo para aprender todos os segredos necessários para ser um Summoner. Parte do seu time está formado: Tidus, Wakka, Yuna, Lulu e Khimari seguem viagem. Yuna sempre se mostra interessada em ouvir as histórias de Tidus e, pouco a pouco todos vão começando a acreditar sobre Zanarkand.
Em Luca, a primeira grande cidade o jogo, o grupo volta a se encontrar com Auron que revela algumas verdades sobre Sin. Rikku também se encontra com o grupo, no futuro e passa a ser mais um dos guaridões de Yuna.
A história é repleta de drama, ação e reviravoltas, mas o romance faz uma aparição especial com o casal Tidus e Yuna, em uma das mais belas cenas de toda a série, na floresta de Malacai, ocorre o primeiro beijo entre os personagens. O final é inesperado e pode não agradar todos os fãs, mas se encaixa perfeitamente com a história.
Gameplay
O jogo dá um passo para trás no sistema de batalhas, removendo a “Active Time Bar“, presente em Final Fantasy IX, deixando o sistema baseado em turnos, que podem ser acompanhados do lado direito da tela. Você seleciona a ação do seu personagem e ele executa, bem simples.
O sistema de level-up funciona de uma maneira diferente dos outros Final Fantasy. Ao final de cada batalha você ganha Ability Points (AP) e pode ou não ganhar alguns ítens chamados Spheres, tanto os APs quanto as Spheres serão gastos em uma opção chamada Sphere Grid que ao iniciar o jogo você pode escolher entre duas opções:
[one_half]
Standard Sphere Grid
- Personagens começam afastados e com um caminho “padrão” para seguir. Por ex: se você desejar sua Yuna como um Black Mage e não White Mage (proposta incial do jogo) será bem difícil de conseguir, neste modo;
- Mais recomendado para iniciantes;
- Mais rápido para maximizar os stats dos personagens;
[/one_half]
[one_half_last]
Expert Sphere Grid
- Personagens começam em posições próximas, com alguns pontos preenchidos, neste caso é mais facil mudar o papel do seu personagem. Retomando o exemplo acima, se você quiser a Yuna como Black Mage, e a Lulu como White Mage, isso é possível logo no início do game.
- Recomendado para jogadores avançados, requer prévio conhecimento das habilidades e papéis no jogo.
[/one_half_last]
A cada level-up do seu personagem, você ganha uma ação de movimento que é utilizada para deslocar seu personagem ao logo do grid. Quando você estiver próximo a um nódulo com alguma propriedade, ele pode ser ativado consumindo sua respectiva esfera( Ability, Speed, Power e Mana).
Áudio e Gráficos
High Definition Remaster? Apenas quem importa!
Quando iniciei o jogo tive uma agradável surpresa ao ver 1080p, pois isso não é tão comum em jogos de PS3.
Os modelos dos personagens, os cenários e os efetios especiais foram revisados, dando uma aparência moderna para o jogo. Veja o vídeo comparativo que a Square Enix lançou em um dos anúncios do jogo;
Porém em algumas partes do jogo, personagens secundários e NPCS em geral dão a impressão que não passaram pelo processo de remodelagem, o que incomoda bastante o jogador.
Vozes e Trilha Sonora
Todo o som do jogo foi remasterizado, dando uma maior qualidade e intensidade no áudio do jogo. O jogo original foi um marco, pois foi o primeiro da série a trazer vozes de todos os personagens, coisa que torna o jogo muito mais envolvente. As músicas clássicas como o tema de batalha, o tema do chocobo e o riff de vitória também estão presentes no jogo.
A Square Enix também lançou um comparativo da música de batalha normal vs remasterizada.
Confira também a divertida música dos Chocobos enquanto lê o resto do Review:
Conclusão
Apesar de ser originalmente de 2002, Final Fantasy X é um dos melhores jogos da série ou mesmo da própria Square Enix. Um ponto que pode incomodar alguns jogadores mais apressados é que não há um botão para pular as “cutscenes”, deixando as primeiras horas de jogo com o mesmo feeling que os jogadores de Metal Gear tem, 10 minutos de jogo e 30 de vídeos, mas nada que deixe alguém entediado.
Com sua história envolvente, seus personagens carismáticos e suas longas horas de gameplay é um jogo que deve ser jogado por todos os fãs do gênero.
Será que veremos um remake de outros clássicos de Final Fantasy? Ou será que a Square poderá transformar Final Fantasy XV em um futuro clássico? Deixem suas opiniões!
[one_half]
Pontos positivos
- História Excelente.
- Sistema de habilidades único e altamente customizável.
- Trilha Sonora excepcional.
[/one_half]
[one_half_last]
Pontos negativos
- Não é possível pular as “cutscenes”.
- Alguns personagens deixam a desejar em qualidade.
- Final pode não agradar a todos.
[/one_half_last]