Primeiros reviews do AMD Ryzen 7 confirmam ótimo desempenho em quase tudo, exceto games

Como era de se esperar, com o lançamento dos Ryzen 7 (uma das linhas da nova família de processadores AMD) no último dia 2 de Março, chegou ao fim o embargo da AMD e vários reviews independentes dos maiores sites especializados em Hardware vieram a público.

De forma geral os resultados forem bem semelhantes: a nova linha da AMD realmente vem para bater de frente com seus concorrentes Intel em praticamente todos os quesitos (renderização, tarefas complexas de desktop, etc) mas decepciona justamente no quesito performance em jogos. Veja alguns comparativos:

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[/column]Fonte: TechSpot review

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[/column]Fonte: Guru 3D review

É importante lembrar que para testar o desempenho real de um CPU em jogos é necessário rodá-los em resoluções mais baixas, pois desta forma tem-se certeza que a VGA não é o gargalo (o jogo está muito leve para a VGA e consequentemente é o CPU quem está limitando o desempenho/fps)

Como podem ver, há uma diferença considerável entre os Ryzen 7 e seus concorrentes diretos, ficando a performance deles muitas vezes no nível dos Ivy Bridge (i7 3770k).

Alguns sites contataram a AMD em busca de ajuda mas as sugestões não foram muito animadoras. Uma das formas encontradas de aumentar a performance nos jogos foi desativando na BIOS das placas mãe a opção SMT (o equivalente ao Hyperthreading da Intel), o que acaba sendo um tiro no pé pois reduz a performance dos Ryzen em todas as outras tarefas e ainda assim não faz com que vençam os Intel nos jogos.

A AMD falhou novamente?

De forma alguma. Mesmo com o desempenho em jogos aquém do esperado, é impossível negar que o ótimo desempenho da nova linha nas demais tarefas (trabalho, etc) é uma vitória da AMD e da sua arquitetura 8 cores / 16 threads, ainda mais considerando que de forma geral os Ryzen 7 custam menos que os concorrentes diretos da Intel.

Segundo reports iniciais o problema com o SMT (para jogos) ocorre devido a forma que o Windows distribui as tarefas entre os núcleos físicos e os núcleos virtuais, o que se agrava considerando que os dois modelos top de linha são 8/16 (núcleos/threads). É de se esperar que com atualizações de drivers e também de BIOS para os novos chipsets a AMD consiga resolver ou minimizar o problema e aumentar o desempenhos em jogos.

Trata-se também de uma arquitetura totalmente nova e sempre há espaço para melhorias. Como sabemos, a maioria dos jogos não utiliza muito bem múltiplos núcleos / threads, o que deve mudar agora com a AMD focando nesse tipo de arquitetura e oferecendo-a a preços mais acessíveis.

Além disso, nenhum dos jogos já lançados foi sequer otimizado / testado para o Ryzen 7, algo que a AMD já comunicou estar em contato com os principais desenvolvedores de games para auxiliar na otimização dos seus títulos daqui para frente – [highlight ]com o importante anúncio de que fechou uma parceria de longa data com a Bethesda (distribuidora de jogos como Fallout, DOOM e Dishonored) para otimização de jogos utilizando CPU’s e GPU’s AMD[/highlight].

Agora é esperar para ver.