Primeiras Impressões: The Last of Us Part II é uma sinfonia visceral

Se você se envolveu com a trama e o gameplay preciso de The Last of Us, pode preparar seu coraçãozinho para mergulhar em uma contemplativa jornada de tensão, violência e sensibilidade. The Last of Us Part II eleva os conceitos explorados no primeiro título e mostra em suas primeiras horas um desempenho acima da média em quesitos que formam a tônica dos títulos da Naughty Dog.

“Procurando Nora”, o trecho que podemos comentar neste artigo, é uma fatia da longa jornada de Ellie em seu retorno a Seattle. Essa missão permeia um ponto mais para o meio do game, mas sintetiza bem os principais elementos do segundo título da franquia. Outrora explorado em trailers, a sequência citada coloca em cena alguns dos grupos de inimigos que compõe o leque de adversários do game: Os encapuzados, a WLF (ou os “Lobos”) e os infectados.

Neste “capítulo” enfrentamos os diversos inimigos já citados e somos obrigados a explorar o refinado e vasto sistema de combate do título. Inimigos agora são mais astutos, se movimentando sem parar e tentando evitar que seu esconderijo seja cômodo. Além de se movimentarem, os humanos do game utilizam cachorros, que farejam seu rastro e te deixam encurralado. Jogar no stealth pode ser uma boa opção, principalmente para evitar combates, mas se o confronto não for opcional, será difícil eliminar todos os adversários na presença de cachorros e muitos adversários. Em um momento do game pude evitar o confronto, me esgueirando e fugindo dos muitos inimigos da área. Tentar eliminar todos pode ser útil para o loot, mas ter a opção de fugir será a melhor alternativa quando os kits médicos e a munição forem escassos.

Mas não se engane: Ellie não é nada frágil. Tomada pelo ódio, Ellie, mesmo em desvantagem, é capaz de enfrentar diversos inimigos ao mesmo tempo. Seja no combate corpo-a-corpo, onde ela leva muita vantagem, pela agilidade, ou mesmo se esgueirando em silêncio para executar um a um. O “sensor” de Ellie também é melhor que o de Joel, mais preciso e funcional que no primeiro game, podemos detectar com mais facilidade os inimigos – sejam eles infectados ou humanos.

E se de um lado você entende o desejo de vingança de Ellie, que alimenta sua fúria e sua forma violenta de confrontar seus adversários – lembrando, por muitas vezes, o ímpeto de Joel, no primeiro game – os momentos de desespero e frenesi se mesclam a contemplação, trazendo um belo equilíbrio.

Estilo de jogo, infectados e tensão

É claro que não ficam de fora da experiência os infectados. Presentes em diferentes áreas de Seattle, os infectados estão de volta como no primeiro game: os tradicionais e os clickers (estaladores), preenchem o mapa. Além deles enfrentamos estreantes (e grandões) trôpegos, que são mais difíceis de matar – bem mais!

Além de assustadores para o jogador, os infectados podem ser usados como arma – como já fora revelado em trailers. Ellie é capaz de criar barulho para que os monstros entrem em combate contra os inimigos humanos. Criando o caos, isso pode facilitar uma fuga em momentos de desespero.

Atacar inimigos desprevenidos, ir para cima ou simplesmente passar despercebido também pode ser um reflexo de suas escolhas no game – que vão além da forma de entrar em combate. A progressão de Ellie é ligada totalmente as escolhas do jogador, que pode evoluir habilidades mais voltadas para seu estilo de jogo – e é impossível adquirir todas as habilidades em uma única run.

Todos os inimigos, a tensão e o drama por trás do curiosíssimo roteiro de The Last of Us Part II estarão disponíveis à partir do dia 19 de junho, para todos os sistemas da família PlayStation 4. Muito em breve o Jogazera disponibilizará um review completo do game, abordando mais detalhes da história e da narrativa.