O que senti jogando Dragon Fin Soup

O Hype. Ah, o hype.

Quando vi esse jogo pela primeira vez, logo me interessei e, ao saber que ele estaria na lista de jogos da PS Plus de Novembro, baixei para testá-lo no primeiro dia.

Dragon Fin Soup teoricamente é um RPG baseado em turnos, o que nos deixa esperando algo como Fire Emblem, ou até mesmo Final Fantasy Tactics. A realidade é um pouco diferente; podemos dizer que o jogo é um “RPG em turnos dinâmicos”, onde tudo acontece ao mesmo tempo, tornando-o extremamente confuso.

A movimentação é um grande problema, pois, devido aos turnos, você se move um “quadrado” por vez, quebrando toda fluidez possível e imaginável; e o combate, onde tudo acontece ao mesmo tempo, mas um turno por vez (ok, sei que isso pode parecer confuso, mas imagine uma partida de xadrez onde os dois jogadores movem as peças ao mesmo tempo, sem ver ou entender o movimento do seu oponente) consegue irritar até mesmo os jogadores mais pacientes. Você provavelmente acabará perdendo diversos pontos de vida até estar na direção certa do inimigo ou até conseguir selecionar uma magia ou habilidade para utilizar.

As animações são repetitivas e sem graça, e o combate corpo-a-corpo lembra um MMO antigo, pois você e o inimigo trocam o mesmo golpe até um deles morrer.

Entretanto, nem tudo é ruim no jogo. Os desenhos, cenários, sprites dos personagens e até a trilha sonora são bem divertidos. Confira uma das músicas principais:

A dificuldade do jogo não é alta, mas a interação com os menus faz qualquer boss de Bloodborne ou Dark Souls parecer um animal inofensivo ou uma criança brincando no parque. Eu demorei mais para comprar 5 poções do que para completar 5 quests neste jogo. No PS4, os menus são extremamente lentos e engessados, e as opções para cada item são iguais. Por exemplo: você pode comer um par de botas ou equipá-las, mas para isso terá que passar item por item lentamente e depois para voltar ao menu anterior, terá que passar por todos os itens para cima, até chegar ao X no canto superior direito da tela.

Talvez no PC a interface com o usuário não jogue contra você devido ao mouse, mas com certeza o sistema não foi otimizado para os consoles.

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Talvez eu não tenha entedido a mensagem do jogo, talvez Dragon Fin Soup seja sobre um desafio de conseguir interagir com os menus, e toda a movimentação e combate ruins sejam elementos secundários e opcionais do jogo. Uma coisa é certa: o mundo do jogo está colocado nas costas de uma tartaruga gigante. Talvez seja esse o motivo de tudo ser tão lento.

O que senti jogando Dragon Fin Soup?

A resposta é simples: decepção, pois fui enganado pelo hype.