Hacker elogia segurança do Switch, mas diz que o console está completamente comprometido

A Nintendo leva a segurança de seus consoles muito a sério, e faz um grande esforço para garantir que eles sejam tão difíceis de invadir quanto possível. No entanto, no caso do Switch, vimos explorações e vulnerabilidades aparecerem rapidamente na vida útil do sistema – agora é possível hackear o console para executar o código homebrew, incluindo emuladores.

O hacker SciresM – um membro do grupo ReSwitched – falou com um membro do fórum GBATemp sobre o estado atual da segurança do Switch, e a avaliação é mista. Por um lado, SciresM elogia o trabalho árduo da Nintendo para manter o Switch seguro, mas ressalta que a revisão atual do console está “completamente comprometida”, devido à sua dependência do hardware Tegra da Nvidia:

“Eu acho que em termos de software, a Nintendo fez um ótimo trabalho. Seu sistema operacional, o Horizon, é uma versão nova e atualizada do sistema operacional do 3DS – com todo o amadurecimento que veio dos vários anos de problemas de segurança no 3DS. Houve alguns erros infelizes da parte deles, mas em geral o HOS é extremamente seguro. Ainda não vimos nem mesmo uma das tradicionais vulnerabilidades exploráveis no kernel do HOS, o que eu acho que transmite bem o investimento que a Nintendo vem fazendo para garantir sua plataforma. Eu acho que a maior fraqueza do Switch, em termos de segurança, é que ele está rodando (e precisa ter seu software projetado ao redor) (d)o hardware Tegra X1”.

Quando perguntado sobre o grau de controle que os hackers têm atualmente sobre o Switch, SciresM respondeu:

O Switch está completamente comprometido.

Todo o hardware atual pode ser comprometido. Eles podem atenuar vulnerabilidades em unidades mais novas, seja através de uma revisão de hardware ou atualizando as correções de bootrom escritas na fábrica.

… eles estão atualmente no processo de fazer isso com um novo SoC chamado ‘Mariko’. Espero que essa seja uma ‘revisão silenciosa’, em que as unidades mais novas começarão a ser vendidas usando o hardware mais novo sem nenhum marketing especial”.

SciresM faz questão de enfatizar que o grupo ReSwitched não está interessado em pirataria ou qualquer coisa inerentemente prejudicial; em vez disso, a equipe quer promover uma comunidade homebrew saudável em torno do Switch:

“Queremos criar uma cena de homebrew engajada e fazer o melhor possível para promover uma comunidade boa e saudável em torno dela.

Meu objetivo pessoal é continuar a hackear os jogos de Pokémon no Switch (adicionando suporte para edição de saves via PKHeX, habilitar conteúdos como hack ROMs personalizadas, etc)”.

SciresM também critica o projeto modchip, do Team Xecuter:

“Eu acho irresponsável tentar tirar proveito de uma vulnerabilidade inicial, do dia de lançamento, que afeta mais produtos do que apenas o Switch, e eu não acho que eles fornecem algo de valor para a comunidade”.

O que você acha desses comentários? Você apoia o trabalho de hackers como o SciresM, ou acha que toda essa atividade deve ser encerrada o mais rápido possível? Deixe sua opinião nos comentários!

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Via Nintendo Life