Franquias que mereciam ser ressuscitadas

Muitas franquias simplesmente desaparecem. Apesar de fazerem sucesso, por problemas da companhia ou de um jogo ruim, o personagem cai em esquecimento. Em alguns casos, outros jogos aproveitam o conceito lançado e o desenvolvem de maneira mais profunda, dando continuidade à mecânica de jogo. Em outros, o conceito fica esquecido, juntamente com o personagem. O potencial de sucesso existe, mas em meio à diversidade atual, ele acaba sendo deixado de lado. Pensando nisso, resolvi fazer uma lista de jogos que poderiam ser ressuscitados. Claro, desde que sejam feitos bons jogos, para fazerem jus aos originais.

Alex Kidd

O personagem que se consagrou no Master System foi um dos que desapareceram sem motivo. Ninguém sabe por que a SEGA parou de investir nele, sendo que ele era considerado um possível rival do Mario. Alex Kidd é um garoto que vive diversas aventuras em um mundo mágico, sendo que a marca do personagem é que seus jogos não seguem o mesmo estilo um do outro.  Em Alex Kidd in Miracle World, temos um jogo totalmente de ação, onde o personagem conta com diversos elementos para o personagem salvar o seu reino: de um soco poderoso e alguns itens  a motos e helicópteros. Já em Alex Kidd in High-Tech World, temos quatro fases, duas das quais são no estilo Adventure.

Hoje, os jogos de uma mesma franquia costumam ter um estilo parecido. Dificilmente um game que começou como FPS terá sua sequência como plataforma. Mas com os recursos de hoje, seria possível que vários estilos de jogo estivessem dentro de um jogo só. Precisaria de cuidado para não fazer algo confuso, mas se olharmos GTA, com veículos, tiro e outras coisas para se fazer, podemos ter uma ideia do que seria possível. Aliás, um jogo similar a GTA, porém para o público infantil, poderia ser um grande sucesso e maneira de retomar o personagem. E com certeza atrairia adultos também.

O herói se prepara para um combate mortal de … Jo-ken-pô? Parte do segredo da franquia era justamente este tipo de diversidade.

Sonic

Um dos personagens mais conhecidos dos jogos de antigamente, Sonic sofreu nas mãos de alguns jogos malfeitos, e, no fim, o personagem acabou virando coadjuvante em jogos como Super Smash Bros. Um destino modesto para quem já rivalizou com Mario o domínio do personagem de videogame mais conhecido. Sonic é um porco-espinho capaz de alcançar altíssimas velocidades, cujo principal inimigo é o Doutor Robotnik. Capaz de se enrolar em uma bola para se proteger e atacar seus adversários, ele passava por diversos mundos, enfrentando as mais diversas invenções que o vilão imaginava.

Apesar de haver alguns casos pontuais, hoje não temos um personagem conhecido por sua velocidade. Não temos um jogo com alguém capaz de se mover muito rápido, cobrindo grandes quantidades de terreno de uma só vez. Estou falando de um jogo de grandes proporções em termos de cenário, com o personagem andando dezenas de metros por segundo. Um jogo neste molde poderia ser interessante. Alguns recursos teriam que ser adicionados, possivelmente um modo câmera lenta para algumas partes, mas hoje existe tecnologia para isso. Seria muito bom ver o porco-espinho azul de volta, em um jogo à sua altura, altamente dinâmico e explorando reflexos rápidos.

Sonic e seu arquinimigo, o doutor Robotnik.

Lemmings

Os bonequinhos de cabecinha verde, que só sabem andar para frente, protagonizaram um dos puzzles mais famosos de antigamente. Baseado na lenda do suicídio dos animais lemmings, o jogo fez muito sucesso e foi usado inclusive para dinâmicas de trabalho.

No game, você deve levar bonequinhos de um lugar ao outro. Tudo que estes bonequinhos fazem, porém, é andar para frente. E eles não param por nada: se jogam de abismos, caem em armadilhas, ou ficam igual bobos entre duas paredes. Cabe a você, com recursos limitados e dentro de um determinado tempo, mandar que eles executem ações, como cavar e construir escadas, a fim de superar os obstáculos. Simples, porém desafiador. Nos últimos níveis, a escassez de recursos e falta de habilidades que parecem fundamentais forçam você a ser muito criativo e trabalhar no limite.

O jogo se daria muito bem nas plataformas mobile de hoje. Apesar da sequência de cópias similares, nenhum jogo de hoje conseguiu combinar simplicidade e desafio como esta série. Bastaria criar novos níveis, eventualmente algumas novas habilidades, e você teria puzzles simples de jogar no celular, com níveis variados de dificuldade, e que poderiam divertir muita gente no caminho do trabalho ou que esteja esperando em filas. Apesar da quantidade de níveis já criados para o jogo, não é difícil imaginar novos níveis ou habilidades que poderiam tornar esta franquia um fenômeno do universo mobile. Novas maneiras de jogar, como desafios por tempo ou pela quantidade de lemmings salvos, podiam ajudar a diversificar e modernizar a franquia.

Ir de um lado ao outro pode ser mais difícil que parece…

Age of Empires

A franquia que definiu, ou talvez redefiniu, o conceito de jogos de estratégia. Fácil de jogar, mas com uma grande diversidade de civilizações, unidades e opções de jogo, Age of Empires ganhou o coração dos gamers. Além do jogo original e suas sequências, podemos incluir aqui também o spinoff Age of Mythology, dos mesmos criadores e que também fez bastante sucesso. O jogo teve diversas continuações, sendo a última delas o jogo “Age of Empires Online”, em que houve uma diversificação no modelo de jogo para um formato de jogo on-line.

Apesar de termos vários outros jogos de estratégia, o formato que Age of Empires criou segue sendo único. A simplicidade de jogo, aliada ao fato de haver um enorme balanceamento entre as unidades, segue como um dos marcos da série. Muitos fãs adorariam ver uma sequência ou mesmo outro spin-off no estilo Age of Mythology. Possíveis cenários não faltariam: a mecânica se adaptaria bem tanto na pré-história quanto em uma ambientação futurista. Além, é claro, da possibilidade de se manter no clássico mundo medieval.

Diversas unidades, batalhas épicas, mas fácil de jogar

Half-Life

Não podia faltar nesta lista um dos jogos de tiro de maior sucesso de críticas, tanto de jogadores quanto de profissionais. Aliás, muitos já se perguntaram onde estaria Half-Life 3. O jogo, que também contém elementos de puzzle e incentiva exploração e uso do ambiente, talvez seja a sequência mais aguardada entre todas.

Não é difícil imaginar como o jogo deveria ser: a mesma fórmula do anterior, possivelmente com novos tipos de inimigos, armas, e outras maneiras de explorar o ambiente. Fora isso, o jogo não precisaria de outras mudanças para ser um sucesso e, principalmente, agradar aos jogadores. O formato seguido por ele, com a ausência de “cutscenes”, por exemplo, ainda é o bastante para torná-lo único e diferente da maioria dos jogos do estilo.

Se um dia teremos Half-Life 3 é uma boa pergunta. Boatos são o que não faltam. A última notícia que li foi que a Valve, desenvolvedora do jogo, queria garantir que um eventual terceiro jogo fosse tão memorável quanto os outros, e por isso não iam apressar nem se precipitar em um lançamento. Louvável da parte deles, ainda que o tempo passado seja bem maior que o necessário.

Na falta de uma arma, um pé de cabra pode resolver a situação

E você, gostaria de ver alguma franquia ressuscitada? Se sim, comente com a gente nos comentários e até a próxima!