The Flame in the Flood

Análise: Em The Flame in the Flood, gerir os recursos é fundamental para sobrevivência

Análise: The Flame in the Flood

The Flame in the Flood foi originalmente lançado em fevereiro de 2016 para PC e Xbox One, mas chegou ao PlayStation 4 quase um ano depois, em 17 de janeiro de 2017. O jogo possui uma temática de sobrevivência com um estilo Roguelite, lembrando muito Don’t Starve.

Aproveite cada item que você pegar

O personagem principal é uma menina apelidada de Scout e seu cachorro Aesop. Em uma terra devastada pelas águas, ao melhor estilo Waterworld (mas sem a tecnologia toda, é claro), você precisará navegar pelas mais diversas ilhas, coletar recursos e enfrentar os mais diversos perigos. O jogo possui um sistema de necessidades básicas, que diminuem com o tempo e precisam ser controladas para garantir a sobrevivência de Scout. São elas: sede, fome, calor e descanso. Para matar a sede, você precisará de água (sério?), mas toda água ao redor das pequenas ilhas está contaminada, sendo necessária a fabricação de filtros para obter água potável. Para comida, você precisará caçar e até mesmo cozinhar os alimentos nas fogueiras espalhadas pelo cenário (ou na que você montar).

The Flame in the Flood

Você também possui uma jangada, que deverá tomar muito cuidado para não danificá-la ao navegar nas águas bravas e perigosas que dominaram o mundo. Controlar a jangada é bem complicado no começo, mas com as melhorias corretas, o trabalho se torna muito mais fácil. Existem diversos tipos de ilhas que você poderá parar e cada uma delas é diferente da próxima, mas sempre alternando em estilos pré-definidos, por exemplo: um deles terá um abrigo e uma fogueira, outro possui diversas plantações e muita comida, outra ilha está cheia de animais silvestres (e alguns deles são bem perigosos, por sinal). A cada área que você avança no jogo, os perigos aumentam e os recursos diminuem.

Liberdade e perigo

Liberdade e perigo é a combinação de palavras que melhor define The Flame in the Flood. Você terá que avaliar se está pronto para abandonar cada ilhota, se coletou todos os recursos possíveis, pois uma vez que você entrou na jangada, a próxima parada é só na próxima ilha e nunca se sabe quanto tempo isso vai levar. A arte do jogo é toda baseada em low-poly, mas tudo é extremamente belo e ajuda na construção do cenário de um mundo dominado pelas águas.

A trilha sonora é composta por Chuck Ragan e é definitivamente um dos pontos mais fortes do jogo. As músicas têm um estilo meio indie, meio folk, lembrando muito Jake Bugg ou Belle & Sebastian. Se você gosta desse estilo, pode dar o play abaixo sem se arrepender:

Conclusão

The Flame in the Flood é uma excelente adição aos poucos jogos do estilo Roguelite de Sobrevivência, com uma arte única e um clima que contribui para mostrar o quão sozinho você está no mundo. Por diversas vezes me senti dentro do mundo, que mistura Eu Sou a Lenda com Waterworld (sem os zumbis e as máquinas, respectivamente), apenas explorando para sobreviver mais um dia. A trilha sonora definitivamente está entre as minhas favoritas (tem até um podcast legal sobre essa trilha dos nossos amigos lá do @bitstudioamp, que você pode ouvir clicando aqui!). O jogo roda sem problemas no PS4, mas algumas vezes notei que os ventiladores aceleravam de uma maneira um tanto quanto suspeita, o que me fez desligar o jogo e esperar uns momentos para que parassem.

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