Análise – SteamWorld Dig

Simplicidade e exploração, essas são as duas palavras que definem SteamWorld Dig. Sua missão é cavar, coletar tesouros, voltar à cidade, comprar melhorias e cavar mais um pouco. O diferencial é que essa repetição não cansa o jogador, apenas o faz querer cavar mais e querer mais.

Lançado originalmente para o Nintendo 3DS em Agosto de 2013, SteamWorld Dig traz diversas influências Metroidvanianas combinadas com um ambiente que mistura robôs e velho-oeste. Você controla Rusty, que chega à cidade de Tumbletown em busca de seu tio Joe, que desceu nas minas e não retornou.

Apenas com uma picareta e uma lanterna, você descobrirá um mundo subterrâneo onde praticamente tudo é quebrável, e tesouros e monstros estão escondidos entre os blocos de terra, lembrando muito Terraria. Sua lanterna tem uma pequena duração e ao final da mesma, você estará sozinho e sem poder enxergar ao seu redor, restando a seguinte dúvida: Minerar até encher sua bolsa de tesouros ou voltar para a segurança?

Com uma simples habilidade de pulos na parede, você pode escalar facilmente seu caminho para fora no início do jogo, mas ao cavar mais fundo, isso pode tornar-se cada vez mais complicado e arriscado. Ao voltar para a cidade, você pode vender os minérios coletados em troca de dinheiro, que é utilizado para melhorar seu personagem e seus itens, como uma picareta que consegue minerar mais rápido, mais vida para seu persoangem, mais duração de luz e etc.

Dentro da dungeon, temos pequenas portas que levam à outras áreas, pequenos puzzles que possuem upgrades para seu personagem (corrida, pulos mais altos e até outras ferramentas) ou apenas tesouros mais valiosos. Além do ambiente da mina, temos dois ambientes extras, um que lembra os esgotos da cidade e um cheio de metal e circuitos.

[quote align=’right’]SteamWorld Dig traz diversas influências Metroidvanianas combinadas com um ambiente que mistura robôs e velho-oeste.[/quote]

O buraco é mais embaixo

A mecânica é simples: correr, saltar, cavar e gastar o dinheiro com melhorias, deixando o jogo com uma curva de aprendizado muito curta e um ritmo acelerado e viciante. A vontade de explorar e conseguir mais tesouros para comprar todos os upgrades contribui para esse ritmo.

O que deixa o jogo mais interessante é sua capacidade de replay, pois cada New Game possui uma dungeon diferente, e assim você terá que descobrir o caminho para os melhores tesouros e upgrades. Outro ponto para adaptar sua jogabilidade é que algumas das habilidades adiconais podem ser deixadas de lado, tornando assim, o jogo mais difícil. O jogo tem de 4 a 6 horas de duração e não traz muita dificuldade, se você pegar todos os ítens e upgrades conforme possui dinheiro.

A pequena variedade de inimigos (2 ou 3 por ambiente e apenas um Boss) quebra um pouco o ritmo do jogo, deixando os jogadores cansados de encontrarem os mesmos perigos por horas seguidas, o que poderia ser evitado com a presença de Mini-Bosses ou mesmo alguns inimigos diferentes. Outro ponto que poderia contribuir é a presença de mais personagens jogáveis, gostaria muito de jogar com alguns dos outros habitantes de Tumbletown (talvez uma opção de New-game+).

[quote align=’right’]Apenas com uma picareta e uma lanterna em mãos, você descobrirá um mundo subterrâneo onde praticamente tudo é quebrável.[/quote]

Soa como um bom e velho faroeste

Para a versão de PS4, os gráficos foram remasterizados em HD, dando uma nova beleza ao jogo. Os sprites são bem desenhados e as partículas funcionam bem também.

A trilha sonora do jogo encaixa perfeitamente com o ambiente de velho-oeste, o tema de Tumbletown remete às velhas cidades fantasmas, vistas nos clássicos filmes antigos, já no ambiente de Vectron, a música torna-se mais mecânica mas mantem o mesmo tom sombrio e deserto de todas as outras.

SteamWorld Dig foi muito bem recebido pela crítica internacional e atingindo um score de 82/100 no Metacritic, cavou seu caminho às outras plataformas (PC em Dezembro de 2013, PS4 em Março de 2014) e é um dos destaques da PS Plus de Novembro de 2014.

SteamWorld Dig Review

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  • Alto replay
  • Trilha sonora

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  • Falta de variedade de inimigos
  • Baixa dificuldade dos puzzles

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