Análise: Shiren The Wanderer é um RPG novo, mas com cara de antigo

Shiren The Wanderer: The Tower of Fortune and the Dice of Fate é um RPG roguelike para o PlayStation Vita, que chegou no dia 26 de julho deste ano ao ocidente. Ele é uma versão incrementada do game original de Nintendo DS, lançado em 2010. Essa versão mais recente trouxe novidades, como calabouços adicionais e um novo sistema de câmera.

Embora esse game tenha seu lugar dentro da cronologia da franquia, não há motivos para se preocupar com a história anterior. O foco do jogo é no gameplay, e o pouco enredo que existe é fácil de compreender; a história nada mais é que um simples pretexto para que você adentre dungeons geradas aleatoriamente e lute com monstros.

O personagem principal, Shiren, é um andarilho silencioso. A princípio, é possível deduzir seus pensamentos por meio das reações de seu companheiro: Koppa, um furão falante. O jogo se inicia num pequeno vilarejo conhecido como Inori, e lá existe uma NPC que lhe passa diversos tutoriais, explicando cada um dos elementos do gameplay, como a movimentação e o combate.

A história gira em torno da dupla de personagens, que sobe pelos andares da torre da fortuna com o intuito de chegar ao topo e encontrar a deusa Reeva. De acordo com a lenda, tal divindade tem o poder de alterar o destino, e Shiren a busca para poder reverter a situação de uma jovem mulher, que está com uma doença misteriosa e aparentemente incurável.

O game é realmente díficil. É fundamental aprender a administrar seu turnos, vida e equipamentos. Apesar de levar muito tempo, recomendo fazer o maior número de etapas do tutorial, já que, ao morrer, você perde seus itens e equipamentos; seu level retorna para 1, a dungeon é alterada e os monstros mudam de posição. Existem alguns puzzles durante a aventura, mas nada de muito complicado. Por fim, jogo possui sistema de noite e dia: de acordo com o horário, o alcance da visão dos inimigos é prejudicado ou aumentado.

Remetendo aos JRPGs da década de 90, os gráficos são excelentes e bem desenhados, embora pudessem ser um pouco menos coloridos.

Veredito: Shiren The Wanderer: The Tower of Fortune and the Dice of Fate é um título muito complicado e cheio de mecânicas que, com o passar do tempo, desgastaram minha motivação de voltar a jogar. Em um momento, gastei uma hora no tutorial e fiquei mais de 3 horas na segunda dungeon. O lento ritmo de evolução, aliado à repetitividade, me fez cansar do jogo antes de completar dez horas no meu save. A aleatoriedade na geração das dungeons pode te ajudar ou prejudicar, a ponto de tornar seu sucesso algo definido, em grande parte, pela sorte.