Análise: Mortal Kombat XL é a renovação na hora certa

Mortal Kombat X foi desenvolvido pela NetherRealm Studios e publicado pela Warner Bros. Interactive Entertainment, com a data de lançamento em 14 de abril de 2015 para PlayStation 4, Xbox One e PC. O título possui diversos modos de jogo, assim como o seu antecessor Mortal Kombat (2011), em MKX temos o modo história — que se passa 20 anos após o último Mortal Kombat —, várias torres com suas características e desafios, um modo online robusto com numerosas possibilidades de diversão ou competição, e é claro, temos novamente a Cripta. Para quem não jogou o jogo anterior da série, este modo se passa em uma perspectiva de primeira pessoa, onde o jogador explora uma cripta imensa, desbloqueando uma variedade de itens para o jogo: desde artes conceituais até roupas alternativas e fatalities.

Nossa análise foi feita com o jogo Mortal Kombat XL, uma versão com extras que saiu em 1º de março de 2016 para PS4 e Xbox One. O upgrade para o jogo de luta inclui todos os personagens DLC, referente aos dois Kombat Packs lançados, que contempla quase todos os trajes bônus alternativos atuais.

O que exatamente a versão XL trouxe?

O Mortal Kombat XL tem mais nove personagens jogáveis, quatro pacotes de skins e outros bônus. O primeiro Kombat Pack adicionou Tanya, Tremor, Jason Voorhees (de Sexta-Feira 13) e o Predador para o jogo, com três skins temáticas para cada e um Samurai Skin Pack para outros personagens. O Kombat Pack 2 acrescentou Bo’Rai Cho, professor de Liu Kang que apareceu pela primeira vez em Deadly Alliance; Triborg, que é um robô feito da combinação de Cyrax, Sektor e Smoke; além do Leatherface (de O Massacre da Serra Elétrica), Alien e uma versão jogável do Goro. Ele também adiciona as skins: Kold War, Apocalipse e camisetas do Brasil para alguns personagens.

Gameplay

Uma inovação que o MKX trouxe foram as variações de estilo para os lutadores. Cada um possui três variações, que possuem suas peculiaridades, como habilidades que podem ser utilizadas durante a luta. O Scorpion, por exemplo, apresenta como primeira variação o Ninjutsu, que lhe concede combos utilizando a espada dupla que carrega nas costas; a segunda variação é o Hellfire, que se baseia mais em movimentos especiais de fogo e a última variação chamada de Inferno, que lhe permite convocar “aliados infernais” para ajudá-lo na luta. Outro exemplo mais simples que posso citar é o Triborg, que apresenta Cyrax, Sektor e Smoke como suas variações.

Outra inovação são dois novos tipos de movimentos de finalização: o primeiro é o Quitality, que mata instantaneamente o personagem do jogador que abandonar uma partida multiplayer, o que já vi acontecer enquanto esperava uma partida no modo King of the Hill; os Faction Kills são movimentos de finalização relacionados a cada uma das 5 facções apresentadas no jogo (o que detalharei mais abaixo).

Além dessas inovações, os Brutalities foram trazidos de volta, mas de uma forma diferente dos apresentados em Ultimate Mortal Kombat 3. Agora, eles ocorrem quando o oponente sofre um combo ou X-Ray enquanto estiver com pouca vida. Ao fazer isso, o lutador automaticamente “emenda” um brutality para finalizar seu oponente. Também retornam os Stage Brutalities, que são acionados quando certas interações de ambiente são usadas para finalizar o adversário.

Logo abaixo da barra de vida foi adicionada uma barra de resistência/stamina, usada pela última vez em Mortal Kombat 4. Ela se divide em duas partes, que são consumidas quando o jogador realiza certas ações, como correr ou interagir com o cenário, mas logo após é preenchida novamente. Eu sinceramente não vi muita utilidade para essa função, pois joguei por mais de 20 horas e sequer prestei atenção nela. Lutei e interagi com cenário normalmente, como se ela não fizesse diferença.

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O game possui vários modos de jogo, que incluem a História, 1 vs. 1, King of the Hill e as torres, que possuem modos como: Endless, Test Your Luck, Test Your Might e por aí vaí. Uma nova adição são as torres vivas, que variam os efeitos de luta e sofrem mudança a cada hora, dia e semana. Outra nova modalidade adicionada é a guerra de facção, onde os jogadores escolhem uma das cinco facções (Dragão Negro, Irmandade da Sombra, Lin Kuei, Forças Especiais ou Lotus Branca) e participam de competições on-line. Com isso, cada jogador ganha pontos para sua facção, e ao final de cada semana de combate entre as facções, dependendo da posição da sua facção, recebe moedas e prêmios especiais, tais como movimentos de finalização específicas de facção.

O multiplayer local é divertido e te incentiva a continuar jogando e desafiando seus conhecidos. Já o online continha certos problemas de matchmaking — as partidas que encontrei eram fáceis demais ou estupidamente difíceis. Raramente encontrei alguém do meu nível; que gerasse uma luta equilibrada.

O combate é muito parecido com o de seu antecessor. Prefiro mais o combate ao estilo Ultimate Mortal Kombat 3, que é mais rápido e fluído, do que a luta MKX, que é um pouco travada. O personagem demora pra se levantar após uma queda, as sequências de golpes são um tanto quanto lentas, animações de magias poderiam ser mais rápidas, etc.

Joguei uma partida Online com um dos personagens novos, o Alien, confira abaixo:

História e Personagens

Segue a lista dos personagens jogáveis de MK XL:

[column size=one_quarter position=first ]

  • Alien
  • Bo’ Rai Cho
  • Cassie Cage
  • D’Vorah
  • Ermac
  • Erron Black
  • Ferra/Torr[/column]

[column size=one_quarter position=middle ]

  • Goro
  • Jacqui Briggs
  • Jason Voorhees
  • Jax
  • Johnny Cage
  • Kano
  • Kenshi
    [/column]

[column size=one_quarter position=middle ]

  • Kitana
  • Kotal Kahn
  • Kung Jin
  • Kung Lao
  • Leatherface
  • Liu Kang
  • Mileena
    [/column]

[column size=one_quarter position=last ]

  • Predador
  • Quan Chi
  • Raiden
  • Reptile
  • Scorpion
  • Shinnok
  • Sonya Blade
    [/column]

Rain, Baraka, Sindel e outros aparecem no modo história, mas infelizmente não são personagens jogáveis.

Aposto que muitos nomes aí são novos para você, assim como foram para mim. O acréscimo dos personagens novos foi uma tentativa de revitalizar a série e eu particularmente gostei bastante tanto do design quanto dos golpes deles.

Acredito que muitos adquirem o jogo de luta pela jogabilidade em si, não se importando muito com a história, por isso vou ser breve e evitarei spoilers do desdobrar do enredo. De início, a trama se passa logo como uma continuação do Mortal Kombat (2011) e em pouco tempo já avança vinte anos a frente. Com isso, o jogo consegue justificar de forma simples a adição de personagens, muitos dos quais são parentes de outros nomes conhecidos. Cassie Cage é filha de Johnny Cage com Sonya Blade; Jacqui é filha de Jax; Takahashi Takeda é filho de Kenshi; e por fim Kung Jin, que é o primo mais novo de Kung Lao. A história é contada de forma sutil e vai apresentando tanto estes citados como os demais novos personagens.

Mortal Kombat XL

No final da campanha, a forma “Corrompida” de Shinnok é revelada e possui uma aparência demoníaca. Apesar do personagem ser desbloqueado ao concluir a história, sua forma “Corrompida” infelizmente não. Como qualquer chefão final, essa forma apresenta poderes e combos mais fortes, mas mesmo assim achei bem mais fácil que qualquer Shao Kahn que enfrentei desde os primórdios da série.

A Cena final da história envolve o Raiden e deixa uma ponta solta, possibilitando que o próximo jogo da série continue a partir daquele ponto.

Conclusão

Como já dito, Mortal Kombat XL, além de ser um ótimo jogo de luta traz consigo seus diversos modos, variações de personagens e corrigiu alguns problemas do MKX. O principal a se comentar são as inovações que o jogo trouxe e os personagens novos, sem isso o jogo ficaria muito parecido com o Mortal Kombat 9. Para finalizar percebe-se que o jogo, como sempre, renova na hora de apresentar combates com muito sangue e violência.