Análise – Fantasy Life

Fantasy Life é um jogo com um milhão de maneiras de fazer a mesma coisa, focado em repetibilidade (isso não necessariamente é algo ruim) e quantidade de side-quests que podem te sugar diversas horas.

Distrubuido pela Level-5, empresa responsável por grandes jogos como: Ni No Kuni, Rogue Galaxy e a série de Professor Layton, Fantasy Life foi lançado para 3DS em setembro de 2014.

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Escolhendo sua Vida

No início do jogo, após criar seu personagem, o jogador deve escolher uma entre as 12 profissões (chamadas de Lifes) disponíveis que podem ser dividas em três categorias.

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  • Classes de Combate
    • Paladino (Paladin)
    • Mercenário (Mercenary)
    • Caçador (Hunter)
    • Mago (Wizard)

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  • Classes de Produção 
    • Ferreiro (Blacksmith)
    • Carpinteiro (Carpenter)
    • Cozinheiro (Cook)
    • Alquimista (Alchemist)
    • Alfaiate (Tailor)

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  • Classes de Materiais
    • Mineiro (Miner)
    • Lenhador (Woodcutter)
    • Pescador (Angler)

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Nenhuma classe prova-se inútil e todas podem contribuir com algo. O Mineiro recolhe metais para que o Ferreiro construa uma arma e uma armadura para o Paladino poder enfrentar os monstros e cumprir seus contratos, assim como o Lenhador recolhe madeira para o Carpinteiro construir um arco e o Caçador recolher suas recompensas.

Para avançar em uma classe, o jogador deve cumprir pequenas tarefas que variam entre caçar monstros para as classes de combate, criar ítens para as classes de produção e obter ítens para as classes de materiais.

Um dos problemas para evoluir nas classes é a repetibilidade das missões. Ao começar uma nova classe, o jogador irá passar pelos mesmos mapas fazendo algumas coisas similares ao que já fez antes, por exemplo um Caçador tem a missão de matar alguns inimigos no primeiro mapa, o Paladino e o Mercenário também possuem essa missão, mas os inimigos são diferentes. Isso também ocorre nas classes de materiais, os minérios e as árvores iniciais encontram-se nas mesmas regiões.

Nas classes de produção, a variabilidade ocorre apenas nos materiais produzidos, para criar uma arma, uma poção ou mesmo uma roupa, o personagem é colocado em um mini game, que resume-se a três coisas: apertar um botão rapidamente, segurar um botão ou apertar o botão na hora certa.

Salvando o mundo ao lado de uma Borboleta falante

Logo no início do jogo, o jogador encontra seu fiel companheiro: uma borboleta falante com um senso de humor peculiar. A história possui um ritmo lento com diálogos extensos e todos os capítulos começam e terminam da mesma maneira: conversando com a borboleta.

Entre os capítulos de história, existem capítulos livres para exploração onde sua missão principal é explorar o continente (“Explore Reveria“), esta é a hora de evoluir sua profissão ou iniciar uma nova, focar nas side-quests para os NPCs das cidades e fazer as missões da pequena Borboleta, que são focadas basicamente em visitar novos lugares, como o Inn ou a Guilda (Guild Office) de uma nova cidade ou conversar novamente com os personagens encontrados no último capítulo. Alguns destes diálogos são bastante divertidos, mas uma hora, você terá vontade de desligar e ir para outro jogo com mais ação.

A história principal pode levar de 25 a 30 horas, com algumas paradas para evoluir profissão, fazer side quests e apreciar a beleza dos cenários, personagens e músicas do jogo, mas para evoluir todas as profissões e completar todas as side quests, o jogo pode chegar facilmente a mais de 200 horas.

Jogando com seus amigos

O jogo permite o jogador a conectar-se com seus amigos e realizar as missões em conjunto, o que torna o jogo muito mais divertido e dinâmico, uma vez que isso acelera o ritmo do jogo. O modo online também está disponível, mas as conexões não são muito boas, resultando em pequenos picos de lag e queda no frame-rate do jogo.

Toda a beleza de Reveria

Os gráficos do jogo são simples e cheios de cor, assim como os outros jogos da Level-5. Os cenários são amplos e ricos em detalhes e existe uma grande variedade de monstros (diferente de muitos jogos atuais) e personagens.

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A trilha sonora foi produzida pelo grande Nobuo Uematsu, responsável pelas músicas da série Final Fantasy, e é agradável e divertida de ouvir, contribuindo bastante para a imersão no jogo.

Fantasy Life Review

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  • Milhões de quests e coisas pra fazer
  • Ambiente incrivelmente bonito e detalhado
  • Trilha sonora

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  • Repetibilidade
  • Ritmo lento da história

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